A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou taxa de 0,53% em fevereiro, após alta de preços de 0,65% em janeiro. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas. Em fevereiro de 2011, a taxa havia ficado em 0,97%.
Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de 1,18% no ano e de 5,98% em 12 meses .
Os gastos com educação subiram 5,66% em fevereiro, de acordo com a inflação medida pelo IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial.
A variação no grupo Educação foi o principal impacto de grupo para a inflação no mês, com uma contribuição de 0,25 ponto percentual na taxa de 0,53% do IPCA-15. O resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, com destaque para os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 6,95%, o item de maior impacto individual no mês (0,19 ponto percentual). Nas mensalidades dos cursos diversos (idiomas e informática, entre outros) a variação foi de 7,09%.
Além do grupo Educação, outros seis segmentos registraram aumento de preços na passagem de janeiro para fevereiro.
O grupo Despesas Pessoais teve variação de 1,07% em fevereiro, sob influência de empregados domésticos (de 0,76% em janeiro para 1,78% em fevereiro). A alta do grupo foi a segunda maior variação do mês e representou o segundo maior impacto, de 0,11 ponto percentual, na taxa de 0,53% no IPCA-15 de fevereiro.
Os Artigos de Residência subiram 0,22% em fevereiro, puxados principalmente por eletrodomésticos (1,22%) e mobiliário (0,44%). Já o grupo Alimentação e Bebidas subiu 0,29% em fevereiro, após forte redução no ritmo de crescimento de preços, sobretudo, nos alimentos consumidos fora do domicílio (de 1,47% em janeiro para 0,65% em fevereiro). Registraram alta ainda os grupos Habitação (0,48% em fevereiro), Comunicação (0,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,53%).
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) caiu 0,11% na segunda prévia de fevereiro, ante variação positiva de 0,22% no mesmo período de janeiro, endossando avaliações de uma inflação mais comportada no início deste ano já sugeridas por outras recentes leituras de preços.
A deflação foi puxada principalmente por outra queda nos preços do minério de ferro e uma baixa nos custos com alimentos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na segunda prévia de fevereiro de 2011, o IGP-M havia registrado alta de 0,88%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) -que mede os custos na produção de bens agropecuários e industriais e responde por 60% do IGP-M- teve baixa de 0,31% na segunda prévia de fevereiro, ampliando a queda de 0,04% registrada no mesmo período de janeiro.
Veículo: DCI