Vendas a prazo crescem 3,7% na primeira quinzena de fevereiro

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De modo geral, com ou sem o impacto nas vendas por conta da implementação da redução de custos por conta do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), o comércio varejista continua apresentando desempenho aquecido. Prova disso é o resultado do Indicador de Movimento de Comércio (IMC), que mede as vendas a prazo na capital paulista. O levantamento apontou para uma alta de 3,7% na primeira quinzena de fevereiro na comparação com igual período do ano passado. -

 

O Indicador de Movimento de Cheque (ICH), que mede as vendas à vista, apresentou alta de 2,2% na mesma base de comparação. Os dados são da empresa Boa Vista Serviços que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), e foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

 

O resultado para vendas a prazo na primeira quinzena deste mês reflete uma aceleração ante janeiro, quando o crescimento foi de 2,7%. "Esses números sugerem ligeira aceleração nas vendas a prazo pelo aumento do salário mínimo de 14,1% e das medidas adotadas pelo governo de estímulo ao crédito", afirma nota da ACSP.

 

No caso das vendas à vista, houve uma desaceleração do resultado, já que, em janeiro, a alta havia sido de 6,3%. "As vendas à vista foram fortemente beneficiadas em janeiro passado pela antecipação da moda praia/verão. Também ajudaram as vendas à vista a volta às aulas", diz a entidade. Em fevereiro, o destaque ficou com o setor de variedades, motivado pela proximidade com o carnaval.

 

Para o presidente da ACSP, Rogério Amato, os resultados das vendas na primeira quinzena de fevereiro na capital paulista já eram esperados. "Acreditamos que nos próximos meses os juros continuarão caindo, o que deve contribuir para estimular mais o movimento do varejo", afirma, em nota distribuída à imprensa.

 

Inadimplência

 

Os registros de calote cresceram 8,2% na primeira quinzena de fevereiro contra igual período em 2011, aponta o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI). O Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que mede os registros cancelados e renegociações de dívidas, teve um desempenho semelhante, com elevação de 8,3% na mesma base de comparação. "Também destaca-se que enquanto os indicadores de desemprego continuarem baixos a inadimplência permanecerá sob controle nos carnês das redes de varejo", afirma.

 


Veículo: DCI


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