Aos poucos, o consumidor vai percebendo os efeitos da redução da taxa básica de juros (Selic), iniciada pelo Banco Central (BC) em agosto do ano passado, sobre as operações de crédito. Pesquisa feita pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que em maio a taxa de juros média mensal para pessoa física recuou 0,07 ponto percentual na comparação com abril, passando de 6,25% para 6,18% ao mês e de 106,99% para 105,36% ao ano. É a menor taxa média desde 1995, início da série histórica do levantamento das taxas para pessoa física.
No segmento de pessoa física, as operadoras de cartão de crédito mantêm a taxa média de juros inalterada em 10,69% desde maio do ano passado. A taxa média do cheque especial caiu de 8,28% em abril para 8,24% no mês passado, mas ainda está acima dos 8,12% de maio de 2011.
"As taxas de juros das operações de crédito foram novamente reduzidas em maio, sendo essa a quarta queda no ano das taxas de juros para pessoa física e a quinta redução das taxas para pessoa jurídica", informa a Anefac.
Para a associação, a queda pode ser atribuída à redução da Selic, especialmente à diminuição de 9% para 8,5% na passagem de abril para maio. Também entra como fator de estímulo à queda da taxa na ponta a maior competição no sistema financeiro provocada pelos bancos públicos.
Para as pessoas jurídicas, a pesquisa da Anefac registrou uma queda 0,09 ponto percentual na taxa média geral de juros, que passou de 3,63% ao mês em abril para 3,54% em maio. Ao ano, a taxa baixou de 53,4% para 51,81% – a menor na série histórica para pessoa jurídica, iniciada em 1999.
Nesse segmento, os juros médios sobre as operações de crédito para capital de giro ficaram em 2,01%, abaixo dos 2,16% de abril e dos 3,14% de maio de 2011. O cheque especial dos empresários teve a taxa de juros média mensal reduzida de 6,05% em abril para 6,02% em maio, mas ainda alta em relação aos 5,74% de maio do ano passado.
Veículo: Diário do Comércio - SP