IPCA, indicador oficial, tem varição de 0,41% em agosto, a maior para o mês em cinco anos
A inflação de 0,41%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, foi a maior taxa para o mês desde 2007, quando ficou em 0,47%, aponta o IBGE.
A taxa acumulada em 12 meses até agosto acelerou pelo segundo mês consecutivo, passando de 5,20% em julho para 5,24% no mês passado, e afastando-se ainda mais do centro da meta do governo, de 4,5%.
– Quando a gente vê a série, do ponto de vista de 12 meses, a taxa está subindo. As taxas de julho e agosto deste ano estão maiores do que nos mesmos meses do ano passado – ressaltou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Os alimentos foram responsáveis por mais da metade do aumento do índice. O tomate foi o item de maior impacto na inflação, com uma alta de preços de 18,96% em agosto.
– Os alimentos continuam sendo pressionados tanto internamente, por conta da seca, quanto pelo aumento do preços internacionais de produtos como a soja, o trigo e o milho, devido a problemas climáticos nos EUA e na Rússia.
A inflação de serviços desacelerou de julho para agosto, de 0,79% para 0,49%, mas ainda pesa no IPCA. Os serviços registram alta de 5,72% no ano, ante taxa de 3,18% do IPCA. Em 12 meses, a inflação de serviços subiu 8,78%, ante um aumento de 5,24% do IPCA.
– Os serviços têm um impacto muito forte, em particular os empregados domésticos.
Veículo: Diário Catarinense