SÃO PAULO
Os preços dos produtos básicos que mais afetam a inflação no Brasil caíram em março pelo terceiro mês seguido, segundo dados do Banco Central (BC). A deflação do segmento de commodities medida pelo Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) ficou em 1,82% no mês passado na comparação com fevereiro. No mês anterior, houve queda de 2,97% ante janeiro. O índice passou de 131,44 pontos em fevereiro para 129,05 pontos em março, menor patamar em nove meses, desde junho de 2012 (125,37%).
O indicador do BC acumula queda de 6,08% no ano e alta de 3,58% nos últimos 12 meses. No mês passado, houve queda de preços no segmento agropecuário. Itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco, entre outros, caíram 0,66% ante fevereiro. O preço de metais, entre eles alumínio e minério de ferro, tiveram queda de 6,02% na mesma comparação. O grupo energia registrou deflação de 2,51% na comparação mensal. Nesse segmento, estão incluídos preços de petróleo, gás natural e carvão.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) também informou ontem que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou deflação de 0,17% em março. O número representa uma queda em relação ao mês de fevereiro, quando apresentou inflação de 0,22% . Na comparação com a terceira quadrissemana de março, o IPC teve uma redução da deflação, pois o índice apresentou -0,18% naquela leitura. O IPC acumula altas de 1,20% no e 5,57% em 12 meses encerrados em março.
Alimentação apresentou aceleração da inflação no período, uma vez que obteve alta de 0,34% em fevereiro, avançou para 0,68% na terceira leitura de março e fechou o mês com uma inflação de 0,77%.
Transportes seguiu em desaceleração da inflação, saindo de uma alta de 0,84% em fevereiro, para 0,41% na terceira leitura de março e fechando o mês com 0,28%. Saúde percorreu o mesmo caminho: atingiu 0,58% em fevereiro, desacelerou para uma inflação de 0,40% na terceira quadrissemana de março e terminou o mês com uma alta de 0,25%. Educação saiu de alta de 0,27%, desacelerou para 0,15% na terceira leitura e fechou março com inflação de 0,13%.
O grupo Vestuário apresentou uma variação entre altas maiores e altas menores entre fevereiro e março: passou de 0,36% no fim de fevereiro para 0,28% na terceira quadrissemana de março e fechou o mês em alta de 0,44%. Porém, a deflação de Despesas Pessoais foi aumentando entre fevereiro e março (de 0,10% para 1,02%). O grupo Habitação saiu de um resultado negativo de 0,21% em fevereiro, para uma deflação de 1,05 em março.
Veículo: DCI