Preços ao consumidor em São Paulo caíram 0,13% no mês de julho

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou queda de 0,13% em julho. Já em junho, o IPC havia apresentado uma alta de 0,32%. O resultado foi apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na comparação com a terceira quadrissemana de julho, o IPC teve uma queda menor, pois o índice apresentou recuo de 0,16% naquela leitura.

A taxa negativa do mês de julho marcou a primeira queda mensal no índice desde março de 2013, quando o IPC caiu 0,17%. Habitação e Educação se mantiveram em território positivo na comparação entre o fechamento de julho, a terceira quadrissemana do mês e a leitura de junho. Habitação avançou 0,4% no fechamento de julho, ante altas de 0,45% na terceira quadrissemana de julho e 0,33% no mês de junho. Educação fechou o mês de julho em alta de 0,06%, após avanço de 0,07% na terceira leitura do mês e ganho de 0,01% em junho.

Despesas Pessoais teve alta de 0,45% no fechamento de julho, após avançar 0,34% na terceira quadrissemana e 0,31% em junho. Saúde seguiu o mesmo caminho e acelerou a alta na comparação entre as três leituras: o grupo avançou 0,33% em junho, após ganhos de 0,26% na terceira quadrissemana do mês e 0,19% em junho.

Já alimentação caiu 0,40% no fechamento de julho, ante quedas de 0,62% na terceira quadrissemana de julho e 0,05% em junho. Transportes recuou 1,30% em julho, após queda de 1,21% na terceira leitura de julho e avanço de 0,92% em junho. Vestuário teve queda de 0,26% em julho, ante uma taxa negativa de 0,2% na terceira quadrissemana e uma taxa positiva de 0,23% em junho.

A alta do dólar pode estar começando a afetar os preços de alguns eletroeletrônicos que utilizam componentes importados. Dados da Fipe mostram que o valor do televisor em São Paulo, por exemplo, subiu 2,2% em julho. O item tinha registrado queda no fim de junho, de 0,15%. Depois disso, passou a subir. Na primeira leitura de julho subiu 1,19%; na segunda, 1,06%; e na terceira, 1,85%.

O dólar sobe há três meses consecutivos. Só em julho, a moeda norte-americana acumulou ganho de 2,11% e começou agosto em alta. No primeiro dia do mês, ultrapassou a marca de R$ 2,3 pela primeira vez desde março de 2009.

Apesar de ponderar que é difícil mensurar os efeitos do câmbio nos produtos, o economista e coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, acredita que isto já pode estar acontecendo porque o setor de eletroeletrônicos importa vários componentes. Segundo ele, os sinais da depreciação cambial tendem a ficar mais evidentes nas próximas leituras do IPC.



Veículo: DCI




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