Confiança do consumidor de São Paulo cai 5,7% em julho

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) anunciou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou queda de 5,7% em julho, ao passar de 145 pontos em junho para 136,7 pontos. Na comparação com julho de 2012 (quanto o indicador verificou 160,6 pontos), o recuo foi de 14,8%.

O ICC é formado por dois quesitos - e os dois indicaram retração em julho. O Índice de Condições Econômicas Atuais (Icea) recuou 7,5%, passando de 147,5 para 136,4 pontos. Já o Índice de Expectativa ao Consumidor (IEC) teve queda de 4,5% e chegou aos 136,9 pontos em julho. Em nota, a FecomercioSP avaliou que a persistência da inflação causa impacto negativo na renda real do consumidor e foi "o principal fator da queda apurada pelo indicador mês após mês". Além disso, a entidade avalia que o sentimento de insatisfação visto nos protestos de rua em todo o País "tende a mexer com as percepções do consumidor". As manifestações também impactam os resultados do período.

Movimento

Mesmo com o recuo na confiança do consumidor, houve um incremento na visita dos mesmos às lojas no período. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio registrou incremento de 0,2% no período analisado.

Os maiores avanços foram vistos nas lojas de veículos, motos e peças (1,0%), de combustíveis e lubrificantes (0,4%) e de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (0,2%).

Os segmentos que tiveram recuos foram os de material de construção (-0,2%) e o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,1%).

Segundo os dados, na comparação com julho de 2012, o movimento no comércio de varejo ficou estável. No acumulado do ano foi registrada alta de 6,8%, com influência dos segmentos de combustíveis e lubrificantes (7,4%), de móveis, eletroeletrônicos e informática (6,0%) e o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (6,0%). Os segmentos de veículos, motos e peças e de tecidos, vestuário, calçados e acessórios apresentaram desempenhos semelhantes (3,8% e 3,6%, respectivamente) e o de material de construção exibiu expansão de 2,2% no período.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o crescimento verificado no mês pode ser considerado moderado tendo em vista o cenário econômico de queda do poder aquisitivo do consumidor, inflação, juros altos e crédito seletivo. "Chama a atenção que os dois maiores crescimentos de atividade no mês são de setores interligados: veículos, motos e autopeças (1%) e combustíveis e lubrificantes (0,4%). A data-base, negociação salarial, de classes de trabalhadores neste segundo semestre, as promoções das montadoras e o lançamento de modelos podem ter alavancado os setores".


Veículo: DCI


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