Preço de alimento cai até 70% em Ribeirão Preto

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Consumidor já sente alívio no bolso com a desaceleração dos valores devido ao aumento da oferta

Os consumidores ribeirão-pretanos já pagam 70% mais barato por alimentos que foram os vilões da inflação no primeiro semestre deste ano, como tomate e cebola.

E o alívio nas compras da casa deve seguir até o fim deste mês, com tendência de quedas em produtos básicos como feijão e ovos.

“Notei que algumas coisas essenciais caíram mesmo de preço. É bom ter esse alívio depois de altas tão fortes”, diz a funcionária pública Silvia Bredariol, 53 anos.

Para driblar a inflação dos primeiros meses do ano Silvia apostou em produtos de época, em muita pesquisa de supermercados e no estoque de produtos com data de validade maior, como o feijão.

Estabilidade

E esse é um dos produtos que, pelo menos nas próximas semanas, não terá aumento nos supermercados da cidade.

Com desaceleração de preço de até 19% no campo, a saca do feijão fechou junho com preço médio de R$ 176 no Estado, contra R$ 217 no mês anterior.

“Com a estabilidade na produção, a tendência é que a redução chegue também ao mercado. Deverá ocorrer um equilíbrio nesses preços”, diz o pesquisador e engenheiro agrônomo Maximiliano Salles Scarpa.

Produção cresce no campo

A maior oferta de produto no campo faz com que os produtores pratiquem preços mais baixos. E isso chega aos consumidores por meio das negociações entre os fornecedores e a última ponta do varejo, como os supermercados.

Segundo o empresário do setor Aurélio Mialich, que é diretor regional da Associação Paulista de Supermercados (APAS), esse cenário vem possibilitando compras com preços menores.

“Sabemos que há essa oferta e existe a orientação para negociar melhores valores, isso pressiona a queda para o consumidor final.” Ainda segundo Mialich, os picos de preços nos alimentos registrados nos primeiros meses do ano não devem voltar. “Agora teremos índices mais baixos.”

Inflação em queda até o fim do mês

A estabilidade de preços e o diagnóstico de inflação menos acelerada devem seguir até o fim deste mês, segundo o economista Fred Guimarães, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp). Já a partir de setembro é difícil prever se essa tendência continua.

“Alguns produtos como pão francês, que depende do trigo importado, o leite, que enfrenta uma entressafra, e a carne bovina, que também tem interferência do mercado externo, poderão despontar como vilões da inflação, com altas de preços”, diz.

A previsão do economista é baseada em fatores como a alta do dólar, que encarece as importações e os preços de insumos e produtos que vêm de fora do País e também o período de seca, que pode prejudicar a produção de determinados produtos, a partir dos próximos meses.

“O importante é destacar que o consumidor tem nas mãos o poder. Se o produto estiver muito caro, a alternativa é fazer a substituição ou reduzir a compra. Isso interfere diretamente no regime de preços.”


Veículo: Jornal da Cidade


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