Vendas têm a segunda menor expansão desde início de 2012

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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), com base no levantamento feito com o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), registrou o segundo menor crescimento no número de vendas desde janeiro de 2012.

Houve um aumento de 1,21% nas vendas de julho ante junho, e de 0,82% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado.

A entidade admite que os números atestam forte ritmo de desaceleração no comércio brasileiro, conforme aponta em nota o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior. "O varejo este ano não conta com fatores macroeconômicos que ajudaram a aquecer o setor no passado, como os altos índices de crescimento de empregabilidade e a larga oferta de crédito com pessoas aptas a consumi-lo", aponta o comunicado.

Segundo a entidade, a inflação acima do centro da meta e a alta dos juros foram os principais fatores que levaram a essa desaceleração no comércio.

A variação de 0,82% do mês passado só não é pior que a de 0,67%, registrada em junho, considerada a pior desde janeiro do ano passado, quando a série histórica foi reiniciada.

No acumulado do ano, a situação é menos crítica. O comércio registrou uma alta de 5,51% na comparação com as vendas feitas entre os meses de janeiro e julho do ano passado.

"Este resultado está próximo do que prevemos para 2013. O varejo deve fechar o ano crescendo em torno de 5%, já descontada a inflação. É menor do que o resultado apresentado no ano passado, mas o suficiente para apresentar, mais uma vez, um desempenho melhor do que o PIB nacional", explicação presidente da CNDL.

Menor inadimplência


O resultado da pesquisa feita pela CNDL com o SPC surge no mesmo momento em que a inadimplência do comércio recua pela primeira vez este ano na comparação com 2012.

No mês de julho, foi registrado um decréscimo de 1,94% no número de pessoas endividadas. Esse é o menor patamar registrado pelo indicador mensal do SPC Brasil, desde o início da nova série histórica da entidade, calculada a partir de janeiro de 2012. A base de dados para o indicador é formada por mais de 150 milhões de consumidores cadastrados em 800 mil pontos de venda espalhados pelo Brasil.

Campanha


Ontem, a CNDL iniciou uma campanha de mobilização para tentar a derrubada pelo Congresso do veto presidencial ao projeto que acabava com a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelas empresas ao governo em caso de demissões sem justa causa. Na página on-line da entidade, qualquer pessoa poderá enviar mensagens por e-mail para parlamentares pedindo a derrubada do veto. Também serão veiculadas campanhas em diversas redes sociais.

"A gente acha que é possível e necessário derrubar o veto. O Brasil precisa ter vergonha na cara. O que é criado para ser provisório tem que ser provisório", afirma Pellizzaro Júnior.



Veículo: DCI


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