Mercado Central prevê vendas abaixo da média

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É esperado incremento de 8% neste ano, contra os 18% em 2012.

O Mercado Central de Belo Horizonte deve fechar 2013 com crescimento abaixo da média registrada nos últimos anos. O desempenho nas vendas abaixo do esperado no período da Copa das Confederações e as incertezas quanto à economia impactaram os resultados. Para tentar reverter esse quadro, a administração está apostando em uma campanha promocional que terá início no próximo mês. Com isso, é esperado incremento de 8% no acumulado de 2013 na comparação com 2012. A média dos últimos anos girava em torno de 18%.

O superintendente do Mercado Central, Luiz Carlos Braga, afirma que havia uma grande expectativa para o período da Copa das Confederações, mas que essas vendas não se concretizaram. Ele acredita que as manifestações que tomaram as ruas no período do campeonato foram a causa desse resultado abaixo do esperado. "Além disso, os jogos que aconteceram em Belo Horizonte não favoreceram, porque não foram partidas que chamaram um público grande", diz. Ele também atribui as vendas baixas à situação econômica atual.

Para Braga, as incertezas da economia geram receio entre os consumidores, que acabam "colocando o pé no freio" na hora de comprar. "Mesmo que produtos de alimentação sejam essenciais eles acabam diminuindo a quantidade, cortando algum item ou trocando por marcas mais baratas", observa. Com isso, ele acredita que o crescimento de 8% esperado para as vendas está razoável. "O momento não é bom", explica. O Mercado Central de Belo Horizonte tem registrado crescimento em torno de 18% nos últimos anos.

Para impulsionar as vendas, a administração do centro de compras vai promover, a partir de 1º de novembro, uma ação promocional. Os clientes que comprarem acima de R$ 150 irão concorrer a prêmios variados. "Essa ação é que nos faz acreditar em crescimento para este ano", afirma Braga. O Mercado Central de Belo Horizonte conta com 400 lojas de ramos diversos: açougue, artesanato, animais, bares, biscoitos, bebidas, ervas, ferragens, floriculturas, frios e defumados, frutas, laticínios, mercearias, presentes, tabacarias, temperos, entre outros.


Lojistas - O proprietário da Flora Veneza, Macoud Patrocínio, reclama do movimento abaixo do esperado. Ele também afirma que tinha uma expectativa grande em cima do período da Copa das Confederações, mas que não sentiu as vendas aquecidas. Ele também atribui às manifestações a queda nas vendas. "Em junho e julho, nosso desempenho ficou abaixo dos mesmos meses de 2012. Essas manifestações prejudicaram muito o comércio", diz.

Ele está receoso quanto às vendas no período da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. "Se acontecerem manifestações como este ano não sei se vamos conseguir vender o que estávamos esperando", observa. Na Queijaria de Minas o movimento também não foi maior com o campeonato de futebol, mas também não houve queda na comparação com o ano passado. O proprietário da loja, Antônio Danelon, afirma que está sentindo o movimento aquecer e que ter expectativa de crescimento para o último trimestre do ano.

A administração do Mercado Central de Belo Horizonte já apresentou para a prefeitura da cidade o pré-projeto de ampliação do estacionamento do centro de compras. O projeto prevê ainda a construção de um espaço para eventos. Não serão construídas novas lojas. A informação é do superintendente do mercado, Luiz Carlos Braga. O investimento, ainda de acordo com ele, deve ficar entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões, mas as fontes do recurso ainda não foram definidas.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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