Vendas em Minas Gerais aumentam 1% em setembro, segundo IBGE

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Alta foi a quarta consecutiva




O comércio varejista mineiro fechou setembro com alta de 1% nas vendas frente a agosto e com expansão de 1,2% ante o mesmo mês do ano passado. Apesar de positivo, o resultado não foi capaz de reduzir as chances de o setor fechar 2013 sem crescimento. Prova disso é a própria variação acumulada no exercício, que ficou em apenas 0,3% nos nove meses pesquisados até o momento. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa é a quarta alta mensal seguida no comércio de Minas Gerais, uma vez que até maio os números mostravam estabilidade. "Um mês ficava negativo e no outro positivo. Então, o comércio em Minas ficava no Àzero a zero" na soma do ano", explica o analista do IBGE Minas, Antônio Braz.

Para ele, o resultado positivo em setembro foi uma surpresa, uma vez que não há nenhum movimento diferente na economia que justifique elevação nas vendas. De um lado, o nível de emprego se mantém estável e a renda não tem crescido em grandes proporções. Do outro, a inflação ainda é um risco a ser controlado pelo governo e os juros para o consumidor têm se elevado em função das altas na taxa básica de juros (Selic). Mesmo com esse cenário, o comércio ainda respondeu de forma positiva.

O segmento que teve o melhor desempenho no período foi o de artigos de uso pessoal e doméstico, com alta acumulada de 15,8% neste ano e de 18,8% em setembro frente ao mesmo mês de 2012. O segundo destaque ficou com as vendas de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 7,3% entre janeiro e setembro frente ao mesmo período de 2012. Na comparação de setembro com o mesmo mês do exercício passado, o segmento apresentou alta de 2,3%. Neste caso, a explicação pode ser o programa "Minha Casa Melhor" do governo federal, que é uma linha de financiamento facilitado para aquisição de móveis e eletrodomésticos lançado neste ano.

Na outra ponta, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação ficaram com o pior resultado no período. Na soma dos nove meses, o segmento fechou com queda de 15,1%. Já na comparação entre setembro de 2013 com o mesmo mês de 2012, a retração foi de 4,4%.


Ampliado -
Quando se avalia o comércio varejista ampliado, a elevação mensal frente a 2012 foi de 1,5% e a acumulada neste ano de 1,1%. O indicador inclui o segmento de veículos, motocicletas e peças, e o de material de construção. O primeiro, apresentou elevação mensal frente ao exercício anterior de 0,4% e no acumulado do ano, de 1,7%. O segundo ficou com alta de 8,1% no mês e de 2,9% nos nove meses.

Apesar da alta no mês de setembro, ainda existem grandes chances de o comércio fechar o ano sem crescimento na avaliação do economista da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Gabriel de Andrade Ivo. Para ele, o setor deve ficar estável com uma pequena alta entre 0,3% e 0,5%. Caso as vendas de fim de ano aconteçam em um ritmo excelente, o crescimento chegaria no máximo a 1,5%. No ano passado, o segmento cresceu 2,3% no Estado.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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