Lojistas estão mais pessimistas

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Vendas natalinas na Capital serão menores neste ano, aponta pesquisa da Fecomércio Minas



O varejo belo-horizontino está menos otimista para este Natal em relação ao ano passado. Isso é o que demonstra estudo divulgado ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). Em 2012, 82% dos lojistas entrevistados acreditavam que as vendas seriam melhores na comparação com o ano anterior, contra 48% neste exercício. Já o percentual de empresários que apostam em uma retração alcançou 18%, sendo que no ano anterior eram apenas 4%. A parcela que projeta estabilidade também cresceu, passando de 14% para 34%.

As perspectivas menos otimistas estão relacionadas à atual conjuntura econômica, marcada pelo avanço da inflação e taxas de juros mais elevadas, o que reduz o poder de compra da população. Além desses fatores macroeconômicos, os varejistas ainda citaram o elevado índice de endividamento do consumidor (28,8%) e a piora na situação financeira (18,2%). Em contrapartida, uma possível melhora poderia acontecer devido às melhores condições de pagamento oferecidas (21,2%).

Conforme o economista-chefe da Fecomércio Minas, Gabriel de Andrade Ivo, a flexibilização do pagamento é uma estratégia interessante para atrair o consumidor. A maior parte dos compradores, 76,3%, deve utilizar o cartão de crédito na modalidade parcelada ao fazer as suas compras de fim de ano. "O consumidor utiliza o cartão de crédito para postergar um pouco o pagamento, se planejar e, assim, evitar a inadimplência no futuro", explica.

Contudo, o especialista frisa a importância do desconto para as compras à vista, o que seria mais eficaz para reduzir o endividamento e, conseqüentemente, a inadimplência.


Tíquete médio -
A grande maioria, 80%, acredita que o tíquete médio do consumidor será de R$ 200. Além disso, os produtos eletrônicos, como os smartphones e tablets lideram a lista dos itens que devem ser mais procurados, com 12,4% e 10,7% da preferência, respectivamente. Dessa maneira, os eletrônicos tomam o lugar das roupas e calçados, produtos de menor valor agregado que, até o ano passado, eram os mais demandados pelo consumidor nesta época, segundo os empresários entrevistados pela entidade.

Neste Natal, a maior parte dos empresários (45,2%) acredita que parte das compras será planejada e a outra por impulso. Para incentivar o consumidor a gastar mais, Ivo salienta a necessidade de estar atento a dois aspectos bastante essenciais: atendimento qualificado e vitrine atraente. "A equipe de vendas precisa ser bem treinada para poder cativar o consumidor. A vitrine também precisa estar decorada e chamativa a ponto de atrair o cliente para o interior do estabelecimento", pontua o economista.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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