Presente natalino de 2013 na Capital será mais econômico

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Dentre os fortalezenses que pretendem comprar neste fim de ano, 79,3% revelam que efetuarão o pagamento à vista



Em vez de grandes desembolsos com presentes caros como equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos - grandes vedetes de natais passados, o presente de Natal do fortalezense em 2013 será mais econômico, marcando a volta dos semiduráveis ao topo da lista das intenções de compras de presentes - um dos traços que reflete a mudança de perfil de consumo da população residente na Capital cearense.

De acordo com a pesquisa sobre o Potencial de Consumo do Fortalezense para o Natal, divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), dentre os 56,2% dos consumidores fortalezenses que afirmaram ter intenção de ir às compras nesse Natal, 64,1% preferem comprar artigos de vestuário e 79,3% pretendem pagar à vista - o que revela também a preocupação dos consumidores com o endividamento.

Novo perfil

De acordo com o economista da Fecomércio-CE, Alex Araújo, a mudança de perfil de consumo na Capital é o principal destaque da pesquisa. E esse novo comportamento do consumidor, segundo ele, está diretamente relacionado a aspectos conjunturais da nossa economia. "Estamos vindo de um movimento do consumo pressionado pela inflação, acompanhado do crescimento do endividamento e do fim na redução do IPI para moveis e produtos da linha branca. Então o consumidor não tem grande disponibilidade. As pessoas têm vontade de comprar, mas estão preocupadas com o valor que irão gastar. E nesse item de vestuário existe uma grande variedade de preços", explica o economista. Para Alex, o comércio de Fortaleza deve ter um Natal intenso de compras, mas o consumidor terá uma atenção maior ao custo dos produtos.

"Essa mudança de perfil vai afetar principalmente as vendas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, mas vai favorecer muito a compra de produtos de menor valor agregado, o que terá interferência direta no valor do faturamento do varejo", afirma o economia, que espera que o freio no consumo de produtos de alto valor agregado antecipe as promoções de início de ano. "Para setores castigados nesse Natal, antecipar as liquidações será a melhor forma para renovar os estoques", aponta.

Valor movimentado

Conforme a pesquisa da Fecomércio-CE, os 56,2% dos consumidores que irão às compras vão movimentar R$ 373 milhões no comércio varejista local - valor 4,3% menor em comparação como os R$ 390 milhões faturados pelo varejo de Fortaleza no mesmo período do ano passado.

Depois dos artigos de vestuário, que estão no topo da lista das intenções de compras com 64,1% das preferências, as opções de presentes mais cotados são brinquedos (32,1%), calçados, cintos e bolsas (23,6%) e itens de perfumaria (16,5%).

Ticket médio

Mais de 60% dos consumidores entrevistados ou 61,5% do total pretendem comprar no mínimo três presentes, confirmando que o varejo da Capital terá um fluxo intenso de clientes nas lojas. Cerca de 52,5% esperam ser atraídos às compras pelos lojistas por promoções e 47% por preços acessíveis. O comportamento mais comedido dos consumidores fortalezenses também é ratificado pelo valor médio estimado por presente de R$ 87,00.

Supermercados


Os supermercados e hipermercados são os locais preferidos pelos fortalezenses para realizar as compras para o dia de Natal, com 40,3% das intenções.

Em seguida vem as lojas de shopping centers, com 39,5% dos pesquisados, que em sua maioria (40,1%) não tem dia certo para ir as compras.

Homens comprarão mais


O perfil dos entrevistados que respondeu afirmativamente sobre a intenção de compras mostra preponderância dos consumidores do gênero masculino (57,2%), da faixa etária entre 25 e 34 anos (62,4%) e com renda familiar superior a seis salários mínimos (67,4%).

Para o economista Alex Araújo, o novo perfil dos consumidores, demonstrado na pesquisa, aponta para o amadurecimento do consumidor, já que em anos anteriores a faixa etária mais propensa a consumir possuia entre 18 e 24 anos. O fato de o gênero masculino aparecer com mais destaque que o feminino indica, segundo ele, que as mulheres estão menos otimistas em relação ao consumo, como já foi demonstrado na pesquisa do Dia das Crianças.

Com relação à faixa de renda familiar, Alex Araújo afirma que eles não conseguem influenciar no valor dos presentes e do faturamento total porque a proporção dessa fatia da população é muito pequena em relação a população em geral. "Quanto maior a renda maior a disposição para comprar", completa.



Veículo: Diário do Nordeste


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