A Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) realizou pela primeira vez um levantamento que contempla as expectativas de empresários distribuídos pelas demais regiões de Minas Gerais. No Estado, 82% acreditam que as vendas deste Natal serão ótimas, boas ou iguais às do ano passado, enquanto 18,1% são mais pessimistas e afirmam que elas serão ruins ou péssimas.
Entre as regiões, a mais otimista é o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, onde 25,7% dos lojistas pensam que as vendas serão ótimas frente às efetivadas em 2012. Já a mais pessimista é o Vale do Rio Doce, onde 6,9% responderam que as vendas serão péssimas neste Natal.
Assim como na Capital, os smartphones devem ser os produtos mais desejados nesta época também no interior (12,4%). Em seguida aparecem as roupas (10,2%), tradicionalmente utilizadas para presentear no período. O tíquete médio também deve ser de no máximo R$ 200. Em todo o Estado, a forma de pagamento predominante deve ser o cartão de crédito parcelado (72,2%), sendo que ela deve estar ainda mais presente no Jequitinhonha/Mucuri (81,8%) e Sul de Minas (74,4%).
PIB - Apesar do crescimento estimado para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano estar em torno de 2,5%, índice bem superior à pífia expansão de 0,9% alcançada em 2012, o economista-chefe da Fecomércio Minas, Gabriel de Andrade Ivo, demonstra preocupação em relação a esses dados. Isso porque, ele ressalta que o avanço do PIB ainda está muito atrelado ao consumo das famílias.
Para ele, o país precisa investir mais em infraestrutura em educação, com o objetivo de atrair aportes externos. Ivo salienta que o próximo presidente, a ser eleito no próximo ano, terá o grande desafio de estimular o crescimento econômico por meio dos investimentos, o que demanda a necessidade de juros menores. No entanto, um possível corte dos juros poderia provocar um descontrole da inflação. "Trata-se de um grande desafio, mas um país bem estruturado, que honra seus contratos e tem uma taxa de juros atraente e inflação controlada, atrai muito capital estrangeiro", argumenta.
Veículo: Diário do Comércico - MG