Vendas de Natal terão alta de 9%

Leia em 3min 30s

Compras de última hora deverão render em torno R$ 106 milhões aos lojistas da Capital


As compras de Natal devem render R$ 391 milhões ao varejo da Capital. Conforme levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) divulgado nesta quinta-feira, a data deve ter incremento nos negócios de até 9% em relação ao ano passado. Apenas as transações de última hora, fechadas às vésperas da festividade, devem render R$ 106 milhões ao comércio. Para a entidade, 27% das compras se concentrarão entre os dias 18 e 24 de dezembro.

“O crescimento que teremos neste ano é nominal. Se descontarmos a inflação, fica na casa de 2%. É um incremento modesto se comparado aos anos anteriores”, afirma Gustavo Schifino, presidente da CDL-POA. O dirigente ressalta que a expansão, ainda que modesta, está embasada no aumento da renda da população e no maior volume de crédito liberado pelas instituições financeiras. Entre os 400 entrevistados para o levantamento, 50% deles disseram que tiveram aumento salarial neste ano.

Os eletrônicos estão entre os presentes prediletos de 28,8% dos porto-alegrenses, na sequência aparecem as roupas (27,8%). “Percebe-se crescimento no consumo de produtos relacionados à qualidade de vida, higiene e beleza. A procura pelos eletrônicos arrefeceu em relação aos outros anos, mas equipamentos como tablets e smartphones seguem com boa demanda”, explica Schifino. O empresário enfatiza que a alta do dólar constatada em 2013 ainda não teve impacto nos preços dos eletrônicos para este Natal. No entanto, a tendência é de preços mais elevados para 2014.

Na avaliação da entidade varejista, o pagamento da segunda parcela do 13º salário é um dos principais motivos para que o público deixe para fazer as compras na última hora. As empresas têm até esta sexta-feira para efetuar o depósito. “A primeira parcela do 13º geralmente é utilizada pelas pessoas para pagar dívidas, enquanto a segunda vai para o consumo”, aponta.

Neste ano, 81,7% dos consumidores pretendem realizar alguma compra à vista, tendo o dinheiro como principal meio de pagamento (70,3%), seguido do cartão de débito (30%) e do cartão de crédito (6%). Entre os 34,1% que vão realizar algum pagamento a prazo, o cartão de crédito deve ser o principal instrumento de pagamento (91,2%).
Intenção de consumo dos gaúchos recua

A intenção de consumo das famílias gaúchas apresentou uma queda de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado, fortemente influenciada pelo indicador de momento para duráveis, que apresentou uma queda de 27,4% nessa base de comparação. O dado consta da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS), realizada pela Fecomércio-RS.

“Com o resultado de dezembro, a média do ICF-RS encerra o ano 2,9% acima da média de 2012. No entanto, a média dos últimos seis meses de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior é 6,3% menor, indicando que o segundo semestre foi marcado por uma redução da confiança dos consumidores”, avalia o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Zildo De Marchi. Embora moderada, a inflação acumulada nos últimos 12 meses permanece alta, corroendo a renda real das famílias. Além disso, a elevação dos juros é fator que contribui para conter o otimismo.

O indicador que mede a segurança das famílias em relação ao emprego atual registrou elevação de 3,3% em dezembro, na comparação com o mesmo período de 2012. “Apesar da desaceleração recente na geração de empregos no País, a conjuntura do mercado de trabalho permanece muito favorável, especialmente no Estado”, diz De Marchi.

O indicador referente ao nível de consumo atual registrou aumento de 11,1% na comparação com dezembro de 2012. “Ao longo de todo o ano, esse indicador foi o que apresentou as altas mais relevantes, saindo do nível de pessimismo pelo qual passou praticamente todo 2012, passando para o estado otimista”, pondera. Esse resultado contrasta com o indicador de renda atual, que  recuou 6,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, e o indicador referente às compras a prazo (acesso a crédito) em dezembro, que apresentou redução de 3,4% nessa mesma base de comparação.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


Veja também

Conceito reformulado fomenta alta de vendas

A cada sete ou oito anos costuma chegar o momento de se analisar a readaptação de um negócio, em vi...

Veja mais
Preços aumentam na 2ª quadrissemana do mês

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,50% na segunda quadrissemana de dezembr...

Veja mais
Vendas do varejo devem crescer 4,7% em 2014, diz IDV

O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) estima um crescimento de 4,7% das vendas do varejo brasileiro em 2014, ...

Veja mais
Crescimento inferior ao do varejo desde maio

À sombra da brevíssima série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instit...

Veja mais
Vendas de Natal serão menores em 2012

A expectativa inicial do comércio catarinense para as vendas de Natal deste ano era modesta: crescimento de 2,8% ...

Veja mais
Ceia está 8,1% mais cara

Inflação dos produtos natalinos subiu mais do que a média registrada pelo índice da FGV/Ibre...

Veja mais
Diferença de valor em ceia de Natal varia 183%

Pesquisa feita pela Fundação Procon mostra que um vidro de azeitonas verdes recheadas com pimentão ...

Veja mais
Preços sobem na maioria das capitais, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (...

Veja mais
Preços de produtos de Natal variam até 183%

Antes de fechar as compras dos produtos da ceia de Natal, o consumidor deve pesquisar muito para evitar pagar por um pro...

Veja mais