Crescimento inferior ao do varejo desde maio

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À sombra da brevíssima série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em maio, o sócio diretor da GO Associados, Fábio Silveira, calcula que, em termos reais, a receita do setor de serviços tem crescido abaixo da receita do varejo nos últimos seis meses.

Enquanto a receita dos serviços, descontada a inflação, cresce entre 2% e 2,5%, a do varejo tem se expandido entre 3,5% e 4%. Em termos nominais, sempre na comparação com igual mês no ano passado, a receita dos serviços cresceu 7,6% em maio; 8,8% em junho; 9,1% em julho; 6,6% em agosto; 9,7% em setembro e 8,8% em outubro.

No mesmo período, a receita nominal do varejo cresceu 13,3% em maio; 9,8% em junho; 13,8% em julho; 13,6% em agosto; 10,7% em setembro e 12% em outubro. "Nesses seis meses, na média, nem os serviços nem o varejo perderam dinamismo", disse Silveira. No entanto, de acordo com ele, a tendência para os próximos meses é de perda de fôlego em ambos os setores na esteira do arrefecimento do ritmo de expansão da renda e do crédito.

O estrategista de um banco de investimentos que prefere não ser identificado acredita que o setor de serviços pode estar entrando em um ciclo menos favorável, Segundo ele, em termos reais, a inflação dos serviços não aumentou tanto em outubro comparativamente ao mesmo mês do ano passado. "Pode ser um indício de que a margem do setor já começou a se estreitar", disse.


Indicador - Analistas tributam à pesquisa mensal elevado grau de importância, especialmente no contexto de escassez de indicadores de serviços no Brasil e pelo fato de o IBGE já ter anunciado a inserção deste indicador na nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB).

Contudo, os profissionais ainda estão reticentes na análise e na projeção para o indicador devido à sua curta série histórica. "No começo, de qualquer indicador precisa ser visto com cautela. Toda vez que o IBGE lança um indicador, as pessoas precisam de um tempo para assimilá-lo", disse outro economista.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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