Vendas natalinas podem crescer 25%

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Apesar das previsões pessimistas para o comércio, as expectativas para as vendas on-line no período do Natal apontam crescimento de 25% em relação à 2012. Os dados são de levantamento da E-bit, empresa especializada em informações de comércio eletrônico.

As compras pela internet, que devem movimentar R$ 3,85 bilhões entre 15 de novembro e 24 de dezembro, foram impulsionadas pelos bons resultados da Black Friday, promoção que gerou R$ 770 milhões no último dia 29. Foi a quinta vez que o evento, originalmente americano, aconteceu no Brasil.O otimismo no e-commerce contrasta com indicadores negativos no varejo. Na quinta-feira passada, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) anunciou que o setor tende a fechar 2013 com crescimento de 4,5% - o mais baixo da década.

Ao mesmo tempo em que aqueceu o e-commerce, a Black Friday também antecipou as compras de Natal. Uma pesquisa feita pelo site Reclame Aqui com 1,7 mil consumidores mostrou que 20% deles aproveitaram para adiantar os presentes.Segundo Pedro Eugenio, presidente do Busca Descontos - portal que organizou a promoção em 2012 -, o evento adiantou em uma semana o período tradicional de procura por presentes. "Os descontos atraíram consumidores, que se planejaram com mais antecedência".

Para o diretor geral da E-bit, Pedro Guasti, a promoção levou à uma concentração das vendas em alguns dias e pode diminuir o movimento próximo ao Natal. "Em 2011, a segunda semana de dezembro trazia um pico de vendas, o que não percebemos em 2012 e não deve acontecer neste ano", disse.

Uma pesquisa da empresa Clearsale sobre a influência da Black Friday nas vendas on-line para o Natal reforça essa percepção. Um gráfico desenvolvido pela empresa mostra que as compras a três semanas do Natal eram maiores nos anos anteriores à primeira edição da Black Friday, em 2009. Elas também apresentavam um pico a duas semanas das comemorações natalinas.

Os números de 2012, no entanto, mostram uma grande elevação na Black Friday e uma progressiva queda em dezembro. Guasti considera que essa mudança deve diminuir o movimento dos sites perto do dia 24 e facilitar a vida de consumidores. No entanto, ele não aconselha comprar em cima da hora.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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