A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,56% em dezembro, ante 0,65% em novembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado ontem, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador mensura o impacto dos preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O índice acumulou alta de 4,98% em 2013.
A taxa do IPC-C1 de 0,56% voltou a ficar abaixo da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,69% no mês passado. A taxa de inflação acumulada em 2013 do IPC-C1 também se posicionou em patamar inferior, de 4,98%. Em igual período, o IPC-Br subiu 5,63%.
Apesar disso, grupos como alimentação e despesas diversas ficaram pressionados acima do índice geral, com taxas de 8,26% e 9,66%, respectivamente. Em dezembro, a desaceleração foi generalizada: sete das oito classes de despesa pesquisadas apresentaram taxa menor do que em novembro. As principais reduções na taxa vieram dos grupos despesas diversas (1,26% para 0,48%) e comunicação (0,77% para -0,02%). Contribuíram para esse desempenho o alívio nos preços de cigarros (1,93% para 0,68%) e tarifa de telefonia móvel (1,42% para 0,26%), respectivamente.
O grupo alimentação subiu 0,71% no mês passado, contra 0,80% em novembro. Veio desse grupo as duas principais influências negativas do mês: leite tipo longa vida (-6,51%) e feijão carioca (-8,90%). No campo positivo, pesou a alta do tomate, de 11,12%, embora o item venha desacelerando de 12,83% em novembro. Também perderam força no mês: habitação (0,77% para 0,54%), vestuário (0,78% para 0,52%), saúde e cuidados pessoais (0,43% para 0,37%) e educação, leitura e recreação (0,51% para 0,45%). Transportes foi o item que teve alta no mês, com 0,67%.
Veículo: DCI