IPC-S do Recife é o maior entre as capitais pesquisadas em 13 anos

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Se na última década você achou que o custo de vida no Recife aumentou drasticamente, sua impressão está correta. Os preços de produtos e serviços registraram sucessivos aumentos e, no período de janeiro de 2001 a fevereiro de 2014, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) variou 129,58% na capital pernambucana, segundo o Instituto de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O indicador, um dos índices que mede a inflação no país, aponta a maior elevação em 13 anos entre as sete capitais pesquisadas pelo instituto. Além do Recife, são avaliadas as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília. O coeficiente ficou quase 10 pontos percentuais acima da média nacional, de 120,66%, no mesmo período.
 
Na avaliação do Ibre/FGV, cinco grupos principais de despesas foram os responsáveis pelo título indigesto. Um deles, certamente, está nas suas análises dos motivos de tanta inflação: alimentação. O setor acumulou alta de 184% nesses 13 anos, puxando a fila dos vilões da carestia. Depois, aparece o grupo de vestuário, com variação de 165%, seguido de educação  (148%). Fecham a lista saúde (123%) e habitação (115%).
 
Outros setores, no entanto, mostraram uma variação menor em relação aos demais, como o de transportes, que subiu 80,57%. “Não é uma percepção indevida das pessoas sobre a elevação dos preços de produtos e serviços. Os valores aumentaram e o salário não acompanhou essa evolução”, explica André Braz, economista da Ibre/FGV. “No geral, a inflação do Recife não é diferente da média nacional registrada e ambas se mantém muito próximas”, pontua.
 
A maior elevação em 13 anos foi anunciada nesta terça-feira (25), durante a apresentação do IPC-S referente à terceira semana de fevereiro. Neste período, o índice variou 0,55%, percentual 0,13% inferior ao divulgado na segunda semana, de 0,68%. O indicador do Ibre/FGV pesquisa os preços de 14.137 produtos e serviços para calcular a inflação e equivale a 12% do geral de valores de 103.794 produtos e serviços utilizados pelo instituto para compor o índice nacional, nas setes capitais pesquisadas.
 
A tímida desaceleração do percentual na terceira semana ocorreu, segundo o Ibre/FGV, porque três das oito classes de despesas componentes do índice perderam força no Recife. Os destaques foram os grupos educação, leitura e recreação, com queda de 1,96% para 0,55%, alimentação (de 0,39% para 0,11%) e despesas diversas, cuja redução foi de 1,04% para 0,58%).



Veículo: Diário de Pernambuco


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