Consumidor vai gastar menos com presente do Dia das Mães neste ano

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Para o Dia das Mães, que neste ano será comemorado no dia 11 de maio, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) recomenda muita cautela aos lojistas na composição dos estoques e foco no atendimento. A preocupação com a gestão é justificada. Pesquisa realizada pela entidade revelou que neste ano o consumidor gastará cerca de 60% menos com o presente das mães do que no ano passado. A faixa de preço dos presentes ficará entre R$ 30,00 e R$ 150,00 para 77,13% dos entrevistados. Outros 6,73% gastarão até R$ 30,00.

"Teremos alguma queda no volume de vendas e no faturamento", indicou o presidente da entidade, Bruno Falci. No Dia das Mães do ano passado, o crescimento de 1,97%, na comparação com 2012, já não foi tão significativo como nos anos anteriores, quando foram alcançadas margens entre 5% e 7%.

Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 9 e 24 de abril, para a maioria dos consumidores (22,87%) o tíquete médio ficará entre R$ 30,00 e R$ 50,00. Em 2013, a maioria (23,62%) indicava compras com valores entre R$ 100,00 e R$ 150,00. Nessa faixa, estão apenas 17,04% dos consumidores ouvidos neste ano. Outros 17,94% vão optar por valores entre R$ 75,01 e R$ 100,00, e 19,28%, na faixa entre R$ 50,01 e R$ 75,00.

Os consumidores que farão compras de valores mais baixos, de até R$ 30,00, correspondem a 6,73%. Já os que farão compras entre R$ 150,00 e R$ 200,00 correspondem a 5,83% do total, seguidos pelos que estarão na faixa de R$ 200,00 a R$ 300,00, que representam 6,28%. Uma fatia bem menor (2,69%) está disposta a investir entre R$ 300,00 e R$ 400,00, enquanto somente 1,35% pretendem desembolsar mais do que R$ 400,00.

Causa - Os motivos, segundo Falci, são principalmente a alta da inflação, que tem reduzido o poder de compra dos consumidores, e a elevação de juros, que vem desestimulado o consumo. "Se aumentar juro reduzisse os preços, o Brasil teria a menor inflação do mundo", apontou Falci, argumentado que a queda da inflação também depende da redução dos gastos públicos e não apenas das elevações das taxas básicas de juros (Selic), o que não estaria acontecendo.

"O governo criou bolsa de tudo quanto é modalidade, beneficiando quem não produz em detrimento de quem trabalha", criticou Falci. Apesar dos questionamentos, ele reconhece que em ano de Copa do Mundo e eleições as expectativas são muito baixas quanto à possibilidade de adoção de alguma nova política econômica até o final do ano. Nesse sentido, argumenta, os lojistas devem evitar riscos desnecessários, fazendo "estoques compatíveis com as previsões de vendas".

Além disso, sustenta, "é preciso motivar ao extremo seus colaboradores. O importante é não perder a oportunidade de venda em um momento como este". Para o ano, um dos maiores desafios será atravessar uma data importante para o comércio, o Dia dos Namorados, em 12 de junho, que coincidirá com a Copa do Mundo, "podendo tirar o foco dos consumidores". Também continua uma incógnita para os comerciantes a capacidade de o governo do Estado cumprir o prometido, que é coibir "com austeridade" e recursos de inteligência eventuais atos de violência e vandalismo durante o evento esportivo.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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