Faturamento frustra lojistas da Capital

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Comerciantes esperavam um resultado melhor no mês passado em função das vendas para o Dia das Mães

Tatiana Lagôa

O faturamento em maio foi melhor do que o alcançado no mesmo período do ano passado para pouco mais de metade dos comerciantes de Belo Horizonte (54,7%). O resultado reflete as vendas para o Dia das Mães e ficou abaixo das expectativas iniciais, uma vez que havia uma projeção de que 64,2% dos lojistas tivessem desempenho positivo. Os dados compõem a Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas).

A pesquisa anterior da entidade havia mostrado que 31,3% dos lojistas esperavam um faturamento de maio igual ao registrado no mesmo mês do exercício anterior. Porém, apenas 19,5% conseguiram ficar nessa faixa. E apenas 4,7% dos comerciantes estavam pessimistas e acreditavam em queda nas vendas no mês passado.

Mesmo um pouco abaixo do esperado, os resultados devem ser vistos de forma positiva, segundo a analista de pesquisa da Fecomércio Minas, Luana Oliveira. "Ainda assim eu vejo como bons resultados. O fato é que a situação econômica favorecia as vendas no ano passado. E vimos uma maior parte do comércio varejista repetir e melhorar os resultados", afirma.

Dentre os segmentos que mais se destacaram estão o de vestuário, produtos farmacêuticos, eletroeletrônicos, calçados e artigos de viagem. Segundo Luana, o perfil de vendas demonstra que os presentes do Dia das Mães deram o impulso necessário para um resultado positivo em muitos casos.

Já em se tratando das expectativas para o fechamento de junho, os empresários não se mostraram tão otimistas. Acreditam em um faturamento maior apenas 39,9% dos lojistas consultados. Outros 37,2% aguardam manter os mesmos números alcançados em junho de 2013 e 22,9% acreditam que vão faturar menos.


Manifestações - Para Luana, a expectativa negativa tem ligação com o medo de que as manifestações prejudiquem as vendas neste mês. Isso porque a coleta das informações aconteceram antes de ser iniciada a Copa do Mundo, quando os comerciantes ainda temiam passar pelos mesmos problemas vividos na Copa das Confederações no ano passado.

Como as manifestações e os atos de vandalismo foram menores do que o previsto, a tendência é que os resultados sejam melhores. "Ao contrário do que se esperava o ambiente está sim propício para vendas. Com mais pessoas circulando nas cidades, a tendência natural é que o consumo aumente. Então quando fizermos a próxima pesquisa vamos ver que os resultados foram melhores que as expectativas iniciais", afirma a analista.

Mesmo assim, os estoques não passaram por grandes alterações. Para 81,7% a quantidade de mercadorias compradas pelos lojistas neste mês foi idêntico ao adquirido em maio. Apenas 16,8% investiram mais para aumentar os estoques enquanto outros 1,4% gastaram menos. E para atrair clientes, 72,8% já planejaram realizar promoções agora em junho e 27,2% não seguirão a mesma tendência.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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