Inflação do idoso recua no trimestre

Leia em 1min 40s

A taxa de 1,7% apurada, neste período, ficou abaixo do índice de 2,3% registrado no primeiro trimestre deste ano




Os alimentos subiram menos no segundo trimestre deste ano e fizeram com que a inflação percebida pelas famílias compostas majoritariamente por idosos desacelerasse a 1,7% no período, informou ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Enquanto isso, no primeiro trimestre deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) subiu 2,3%.

O grupo Alimentação avançou 1,31% no acumulado de abril a junho, três pontos porcentuais a menos do que nos primeiros três meses do ano. "Mas a desaceleração foi conduzida principalmente pela alimentação in natura. Hortaliças e legumes e frutas, em especial, desaceleraram muito em relação ao primeiro trimestre", observou o economista da Fundação Getulio Vargas André Braz.

Alívio moderado

Sem essa contribuição, destacou André Braz, os alimentos ainda teriam subido 3,12%. "Isso mostra que (o alívio nos preços) não é tão generalizado assim", acrescentou. Além disso, as passagens aéreas 22,58% mais baratas ajudaram a reduzir o nível de inflação percebido pelos idosos no segundo trimestre.

Medicamentos

Contudo, nem todas as contribuições foram benéficas. O reajuste de medicamentos autorizado pelo governo federal em abril deste ano, por exemplo, fizeram com que o item ficasse até 3,65% mais caro. Também aumentaram os planos e seguros de saúde (2,14%), fazendo com que a taxa trimestral do IPC-3i ficasse acima do observado na média das famílias (1,64% no segundo trimestre deste ano).

Em 12 meses até junho, a inflação da terceira idade acelerou a 6,42% e deve continuar ganhando força. "No terceiro trimestre do ano passado, a inflação foi de 0,19%. Essa é uma meta fácil de ser batida, uma vez que vários preços administrados devem ter alta forte no terceiro trimestre deste ano, entre eles a tarifa elétrica residencial" disse Braz.

O IPC-3i representa o cenário de preços observado por famílias com pelo menos metade dos membros com 60 anos ou mais e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.



Veículo: Diário do Nordeste


Veja também

Alta da inflação desafia empresários

Setores adotam estratégias diferentes para contornar aumento nos custos e manter competitividadeA inflaç&a...

Veja mais
FGV: preço de produtos para festas juninas mudam 10,10%

Degustar comidas típicas das festas juninas ficou mais caro neste ano em relação a 2013. É o...

Veja mais
Alimentos puxam desaceleração da inflação da baixa renda em junho

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) avançou 0,35% no mês passado, contra alt...

Veja mais
Itaú prevê Selic em 11% em 2015 mesmo com IPCA em 6,5%

O Departamento Econômico do Itaú Unibanco prevê manutenção da taxa básica de jur...

Veja mais
Custo de vida da classe média aumenta 0,14% no mês de junho

O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), calculado pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), su...

Veja mais
63,9% dos fortalezenses não vão às compras

Índice de Intenção de Compra alcançou, neste mês, o pior resultado dos últimos ...

Veja mais
FGV: alimentos cedem menos no atacado e pressionam IGP-M

A queda menos intensa nos preços dos alimentos no atacado fez com que o Índice Geral de Preços - Me...

Veja mais
Varejos de BH comemoram vendas durante a Copa

                    ...

Veja mais
IPC-S recua em cinco de sete capitais pesquisadas

Agência EstadoO Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundaç&atild...

Veja mais