A aceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) na primeira prévia de dezembro foi causada principalmente pelos preços no varejo, avaliou o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
Passagens aéreas, gasolina, tarifas de energia elétrica e alimentos in natura pressionaram a inflação no início do último mês do ano, tendência que deve persistir até o fim do ano. Apesar disso, o IGP-M deve fechar 2014 com um resultado mais benigno do que no ano passado, abaixo dos 4%.
"Energia e gasolina devem continuar repercutindo nos grupos Habitação e Transportes. Então, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) não deve desacelerar muito. Além disso, é possível que Alimentação dê uma pequena acelerada, enquanto as passagens aéreas tendem a repetir a alta", disse Quadros.
Na primeira prévia de dezembro, as hortaliças e legumes, influenciadas pelo clima, ficaram 4,62% mais caras, enquanto as carnes bovinas avançaram 3,31%. "Não diria que esses itens vão entrar em desaceleração imediatamente, pois a matéria-prima está em desaceleração muito discreta", afirmou o superintendente.
Com isso, o IGP-M subiu 0,63% na prévia anunciada ontem ante 0,51% em igual medição de novembro. O ganho só não foi maior porque o atacado acelerou pouco, de 0,65% para 0,71%. "O IPA está em desaceleração e deve chegar no fim do mês com índice menor do que em novembro", citou Quadros. /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI