Tramontina descarta aumento de impostos

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O presidente da Tramontina, Clóvis Tramontina, avaliou ontem que não há mais espaço para aumento de impostos para a indústria no Brasil. O empresário propõe uma simplificação com menos burocracia na cobrança de tributos.

 



O empresário se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. De acordo com ele, a visita foi apenas para cumprimentar a presidente e desejar-lhe um bom ano. Tramontina afirmou que não conversou sobre a intenção do governo de promover ajustes fiscais e nem mesmo sobre o possível aumento de impostos.

Questionado, porém, sobre sua opinião pessoal sobre o tema, Tramontina avaliou que a indústria não comporta novos aumentos. "Acho que não tem mais espaço para isso (aumento de impostos). A carga tributária tem que ser feita de uma forma mais simples, descomplicada. Tem muita burocracia neste aspecto. Se a gente pensar do lado do empresário, queremos menos impostos. Se pensarmos do lado do governo, ele quer mais impostos. Então, vamos pelo menos simplificar a burocracia que será melhor para todos", respondeu após ter sido questionado sobre qual era sua opinião sobre a questão.

No dia em que assumiu o ministério da Fazenda, na semana passada, o ministro Joaquim Levy indicou que os impostos deverão subir no país mas não detalhou em quais setores isso deve acontecer. Há especulações de que devem ser elevadas as contribuições incidentes sobre a gasolina e outros combustíveis.

Apesar de afirmar que não há espaço para aumento de impostos, Tramontina disse que não reclama da atual carga tributária. Questionado se é o único empresário do país que não faz tal reclamação, ele respondeu: "E adianta?".

O empresário defendeu ainda um aumento de investimento na produtividade do país e disse que Dilma está preocupada em melhorar a infraestrutura no Brasil. "Temos que investir mais na produtividade em termos de melhorar os processos. Acho que esse é um trabalho grande que estamos fazendo. E outra coisa que a presidente está preocupada é em melhorar a infraestrutura do país para que as coisas possam fluir mais facilmente e com custos mais baixos. Isso tem mais importância que o impostos", disse.

Crescimento - Apesar dos problemas econômicos no país, Tramontina afirmou que a empresa teve um crescimento de 13% no Brasil em 2014 e o grupo empresarial que atua no interior cresceu 17%. A projeção para 2015 é de que todo o grupo cresce 13%. "Embora o quadro tenha sido difícil, eu entendo que para o nosso tipo de produto que quase independe de financiamento, dificilmente vai entrar em crise. O único medo que eu tenho é se houver desemprego", disse.

Tramontina revelou que, durante a conversa com Dilma, perguntou a ela como é administrar um país como o Brasil. "E ela me disse: Clóvis, resolver tudo não dá. Você tem que resolver um problema por vez. Aí eles viram pequenos problemas. Vai ser um ano mais duro, mas ela está mais otimista com o Brasil", disse. (FP)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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