De acordo com dados divulgados ontem, o número passou de 146,75 pontos em outubro, na série dessazonalizada, para 146,81 pontos. Variação acumulada no ano registrava queda de 0,22%
- Depois de uma queda em outubro na margem, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou relativa estabilidade em novembro ante outubro de 2014 na série com ajuste sazonal, ao subir 0,04%.
De acordo com dados divulgados ontem pelo BC, o número passou de 146,75 pontos em outubro (dado revisado), na série dessazonalizada, para 146,81 pontos no mês passado, no maior nível desde setembro (146,91). O resultado do IBC-Br ficou acima da mediana das estimativas dos 25 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (-0,20%), mas dentro do intervalo de -0,40% a +0,30%.
Na série observada, é possível identificar uma queda de 0,07% nos 12 meses encerrados em novembro. No acumulado dos 11 primeiros meses do ano passado, o indicador ficou negativo em 0,22% (sem ajuste). Até outubro, por esse critério, era verificada uma leve baixa de apenas 0,12%.
Na comparação entre os meses de novembro de 2014 e 2013, houve retração de 1,30% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, novembro encerrou com o IBC-Br em 144,73 pontos, no menor patamar desde junho (142,56 pontos). O indicador de novembro de 2014 ante o mesmo mês de 2013 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana (-1,60%) e ficou dentro das previsões (-0,80% a -2,30%) dos analistas do mercado financeiro.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal do Comércio. A projeção do Banco Central para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de 0,2% e, de acordo com o Relatório de Mercado Focus mais recente, os analistas projetam um crescimento de 0,15%.
Trimestre
O IBC-Br registrou alta de 0,81% no acumulado dos três meses encerrados em novembro na comparação com os três meses anteriores pela série ajustada do Banco Central. Na divulgação anterior, foi vista uma alta de 0,62% no período de agosto-outubro ante os três meses anteriores.
A instituição revisou alguns dados do Índice de Atividade Econômica na série com ajuste. Em outubro, mudou de uma queda de 0,26% para -0,12%. Em setembro, a elevação de 0,26% deu lugar a uma alta de 0,23%. Em agosto, o avanço de 0,14% foi substituído por 0,21%. A nova taxa de julho é de 1,57% e não mais de +1,35%. Para junho, o dado de -1,49% foi ajustado para -1,52% e, para maio, passou de -0,35% para -0,54%. No caso de abril, a modificação foi de +0,08% para +0,05%.
Os resultados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de novembro vieram em linha com o esperado pelo economista Marcelo Castello Branco, da Saga Capital. Segundo ele, os dados reforçam a compressão mais fraca da indústria e o varejo ampliado um pouco melhor no penúltimo mês de 2014. "Reflete a dicotomia da economia, que tem uma produção muito baixa e uma economia ainda sustentada por emprego e renda", explicou.
Por região
A atividade produtiva no Nordeste e no Centro-Oeste ajudou o IBC-Br a registrar elevação de 0,04% em novembro na margem, de acordo com dados da autarquia. No Sul, houve estabilidade no período.
Segundo a instituição, no Nordeste, o indicador passou de 158,48 para 158,70 pontos de outubro para novembro, o que representa uma alta de 0,14% na. No Centro-Oeste, o IBC-Br registrou elevação de 0,05%. /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI