Atacadistas mineiros conseguiram retomar crescimento em 2014

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Setor fechou o ano com alta de 1,5% no faturamento

 



Apesar de 2014 ter sido um ano difícil para os atacadistas distribuidores mineiros, o setor conseguiu recuperar parte do faturamento e fechou o ano com crescimento de 1,5%. O resultado, segundo o vice-presidente da Associação dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Geraldo Caixeta, foi considerado positivo, tendo em vista que até agosto passado o segmento amargava perdas em relação ao mesmo período de 2013.

"Embora o percentual tenha sido positivo, considero que fechamos o ano com resultado semelhante ao de 2013. Isso já foi uma grande vantagem, diante do cenário econômico atual. Agora é apostar em 2015, que deverá ser melhor", prevê.

A Copa do Mundo - que praticamente estagnou a economia durante mais de um mês - , os feriados durante o ano e ainda o período eleitoral atrapalharam as vendas do setor contribuíram para o faturamento cair ao longo do ano. "Os meses de outubro e dezembro foram tenebrosos", diz Caixeta.

Mesmo com a instabilidade econômica, o resultado nacional foi bem melhor: 7% de crescimento, segundo dados apurados pela Fundação Instituto de Administração (FIA), com um conjunto de empresas que fornece números preliminares sobre o desempenho do setor.

Ainda assim, os empresários do setor estão mais cautelosos em relação ao desempenho de 2015. "O setor atacadista tem crescido no mínimo cinco vezes acima do PIB há vários anos. O crescimento do consumo das classes C e D vem favorecendo as vendas e também a criação de novos produtos. Para este ano queremos fortalecer nossa relação com os pequenos varejos e mercearias, que são efetivamente os nossos clientes", disse recentemente o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), José do Egito Frota Filho.

Guerra fiscal - Para Caixeta, a situação do segmento em Minas é um pouco mais complicada, tendo em vista que as empresas sofrem com a guerra fiscal. "Temos um desafio muito grande já que a tributação estadual é muito alta e não há uma política de proteção dentro do Estado", ressalta Caixeta.

Ele explica que muitos estados tem regras que não permitem que empresas de fora que não tenham filiais instaladas em seu território atuem lá dentro. "Em Goiás é assim, no Rio de Janeiro é assim, entre outros. Mas em Minas Gerais qualquer um pode entrar. Precisamos de leis para proteger o empresário mineiro do setor", reclama.

Para este ano, mesmo com a economia estagnada, juros altos, inflação alta e medidas de austeridade adotadas pelo governo, Caixeta segue otimista. " um ano de ajustes econômicos. Mas acredito que virão mudanças pela frente e a tendência é as coisas melhorarem. De qualquer maneira, aprendemos muito com os problemas de 2014 e estamos mais maduros e preparados para enfrentar adversidades", ressalta.

Com um faturamento anual na casa dos R$ 200 bilhões (equivalente a 5% do PIB nacional), o setor de atacado movimenta 52% do mercado de mercadorias brasileiro, com geração de cerca de 300 mil empregos diretos e outros 5 milhões indiretos.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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