Com o resultado de janeiro, a inflação acumulada nos últimos doze meses chegou a 7,14%, acima do teto da meta do governo para o IPCA, que é 6,5%
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, e que serve de parâmetro para as metas inflacionária fixada pelo Banco Central, iniciou o ano em alta, fechando janeiro com variação de 1,24%, resultado 0,46 ponto percentual superior aos 0,78% da inflação registrada pelo indicador em dezembro do ano passado. Foi a mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. Já o resultado acumulado em 12 meses, de 7,14%, foi o maior desde setembro de 2011, quando era de 7,31%, ambos acima do teto da meta do governo para o IPCA, que é 6,5%. Em janeiro de 2014 a taxa subiu 0,55%.
Os gastos com alimentação, transportes e habitação pesaram mais no orçamento das famílias em janeiro. Os três grupos foram responsáveis por 85% da inflação de 1,24% registrada pelo IPCA no mês, o equivalente a 1,06 ponto porcentual, segundo o IBGE. O grupo Alimentação e Bebidas passou de alta de 1,08% em dezembro para 1,48% em janeiro, ainda o maior impacto entre os grupos para o IPCA. Alguns itens que ficaram mais consideravelmente caros no mês foram batata-inglesa (38,09%), feijão carioca (17,95%) e tomate (12,35%).
Em segundo lugar figuraram os aumentos nas despesas com Habitação, que dispararam de 0,51% em dezembro para 2,42% em janeiro, puxados, sobretudo, pela energia elétrica. Em seguida, pesou o grupo Transportes, com alta de 1,83% em janeiro ante aumento de 1,38% em dezembro. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as dez principais regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Veículo: Estado de Minas