Dados do IBGE mostram leve aumento de 0,1% ante dezembro; e ante mesmo mês de 2014, houve queda de 0,3%
As vendas do varejo mineiro registraram leve aumento de 0,1% em janeiro ante dezembro, indicando praticamente estagnação. O resultado foi pior do que o apurado em nível nacional, que foi alta de 0,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação das vendas do comércio varejista mineiro em janeiro com as do mesmo mês do ano passado, houve queda de 0,3%. Nesta base de comparação, o segmento que puxou a retração foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que retraiu 33,8%. O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria também teve forte redução de 12,2%.
Ainda refletindo o término dos benefícios fiscais ao segmento, as vendas de móveis também registraram uma queda de 8,7% em janeiro de 2015 contra igual mês de 2014. A comercialização de tecidos, vestuário e calçados também caiu no mesmo confronto, neste caso, com retração de 5,2%, conforme os dados do IBGE. "A economia em 2015 começa como terminou em 2014, em retração", resumiu a gerente de Análise e Resultados do IBGE, Juliana paiva.
Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, no acumulado dos últimos 12 meses, terminados em janeiro, houve um crescimento das vendas do varejo de Minas de 2%. O desempenho das vendas varejistas no Estado, neste caso, foi melhor do que o nacional, onde foi apurada elevação de 1,8%
Nos últimos 12 meses, o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou o pior desempenho, com queda de 17,8%. Da mesma fora, houve uma retração de 11,8% na comercialização de móveis e de 9,9% nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria. Por outro lado, as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceram 6% e outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram alta de 8,1%.
No varejo ampliado, que incorpora também as vendas de veículos automotores e material de construção, houve redução de 1,1% das vendas no acumulado dos últimos 12 meses até janeiro deste ano. As vendas de veículos automotores, motocicletas, partes e peças, com queda de 7%, puxaram o resultado para baixo.
"O setor automotivo foi a menina dos olhos do governo federal, mas desde o ano passado, em função do desaquecimento da economia, vem perdendo força. Há uma saturação de consumo nesse segmento", explicou a gerente do IBGE. Ela lembrou que o comércio de material de construção também caiu 0,2% nos últimos 12 meses.
Veículo: Diário do Comércio - MG