Inflação mensal deverá começar a perder fôlego

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A alta do IPCA é puxada pelo reajuste de preços administrados, como os de energia elétrica, combustíveis e outros

 



A inflação de março estampada pelos principais índices de medição de preços veio em linha com o que o consumidor já estava sentindo no bolso desde o início do ano. E arredondou um número de fechamento de inflação no primeiro trimestre do ano, algo que há tempos não se observava na economia brasileira.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou março em 1,32% e elevou a inflação oficial acumulada no primeiro trimestre do ano para 3,83%. O IPCA é considerado régua da inflação oficial, porque é referência para a política de metas de inflação

A meta central definida para o ano é 4,50%, mas por pouco o acumulado em apenas três meses não encostou nela. A alta acelerada do IPCA é puxada, principalmente, pelo reajuste de preços administrados, como os de energia elétrica, combustíveis e outros, que permaneceram represados até o início de deste ano. Apenas a conta de luz já subiu em torno de 60%, na média, e deve ficar ainda mais cara.

Pico de aceleração


A expectativa, contudo, é que a inflação tenha alcançado o pico de aceleração no trimestre. A previsão de economistas e especialistas em preços é que ela passe a recuar gradualmente, à medida que seja concluído o processo de realinhamento de preços que deixaram de ser reajustados até pouco tempo.

Isso não significaria que a queda seja expressiva ao longo deste ano. Projeções da quase totalidade de economistas apontam que a inflação acumulada pelo IPCA em 12 meses permaneça rodando acima de 8% até o fim do ano.

Precauções

O consumidor, portanto, não pode baixar a guarda e deixar o bolso desprotegido contra a alta dos preços, caso não queira enfrentar dificuldades financeiras e endividamento.

Um dos principais cuidados é ser mais criterioso nos gastos, escolher os produtos mais baratos e eliminar os itens supérfluos, já que o poder aquisitivo da renda estará menor.

Além disso, a inflação não é o único fator de preocupação neste momento em que a economia em crise de crescimento aponta para um processo recessivo mais forte, com perspectiva de redução de rendimento e aumento do desemprego, por exemplo.



Veículo: Diário do Nordeste


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