Inflação está prevista em 8,2% até dezembro

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O governo admitiu oficialmente, por meio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, que a inflação deve somar 8,2% neste ano e, com isso, estourar o teto do sistema de metas de inflação brasileiro. O Banco Central, responsável pelo controle da inflação, já havia estimado uma inflação próxima de 8% neste ano.

Para 2016, o governo aposta oficialmente que a inflação não chegará ao centro da meta. Segundo a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, encaminhada ontem pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB - AL), a inflação deve ser de 5,6% no próximo ano, previsão alinhada com as estimativas de analistas de mercado.

De acordo com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, é possível que a inflação encerre 2016 no centro da meta de 4,5%. Apesar disso, o governo decidiu utilizar no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano que vem parâmetros mais próximos às previsões do mercado, para dar mais credibilidade às metas fiscais.

"Tomamos a decisão no ano passado, com apoio do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de trabalhar com o cenário de mercado", afirmou. "Achamos que é possível trazer a inflação para o centro da meta no ano que vem, mas trabalhamos com cenário de mercado para mostrar que, mesmo em um cenário que não é do governo, a política fiscal é consistente", completou.

Barbosa ressaltou que as ações que vêm sendo adotadas pelo governo no âmbito do ajuste fiscal contribuem para a estabilidade fiscal e para o controle da inflação. "Trabalhamos para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, assim como o Banco Central também trabalha para trazer a inflação para o centro da meta o mais rápido possível. É o que o mercado espera", completou.

Superávit


Barbosa disse ainda que a meta de superávit primário de 2% para 2016, 2017 e 2018 presente no PLDO é um resultado primário consistente com a estabilidade fiscal. "Esses parâmetros são suficientes para promover uma redução na dívida bruta a partir do próximo ano", afirmou. Ele ponderou que a dívida reflete também o crescimento econômico e da taxa de juros, mas que o primário é uma variável importante. "Não precisamos fazer novos aportes no BNDES, a acumulação de reservas está estável", acrescentou o ministro.



Veículo: Diário do Nordeste


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