Para os lojistas, as vendas ficaram dentro do que era esperado para a data
As vendas relativas ao Dia das Mães na Região Metropolitana de Belém (RMB) ficaram dentro das expectativas, porém, com crescimento abaixo do registrado no ano passado. A data, que tradicionalmente é a segunda mais importante para o comércio varejista paraense, superada apenas pelo Natal, foi prejudicada pelas incertezas da economia brasileira, decorrendo em desaceleração no movimento de ascensão apurado no volume de vendas e na receita nominal dos últimos três anos. Pelo menos é o que afirmam os especialistas no mercado varejista, garantindo que sequer as metas revisadas foram alcançadas. A cautela por parte dos clientes foi notadamente um dos principais fatores que contribuíram para a retração no consumo.
A expectativa de crescimento na ordem de 7% não se consolidou no estado, segundo aponta o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belém (CDL-Belém), Álvaro Cordoval. Ele afirma que as receitas nominais, em termos globais, tiveram uma evolução de apenas 2%, ou seja, pelo menos cinco pontos percentuais abaixo do esperado. Ainda de acordo com o presidente da CDL-Belém, este foi o Dia das Mães das lembranças, que consistiram em presentes de baixo valor agregado, em detrimento da linha branca e dos eletroeletrônicos, que em anos anteriores tiveram grande saída. Para ele, o cenário econômico foi o principal causador dos resultados inexpressivos apurados na data especial. “Com um grande volume de demissões, o mercado acaba prejudicado, sobretudo com a redução do consumo”, aponta. Para o restante do ano, Cordoval estima que as dificuldades devem continuar.
Para o presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Fábio Lúcio Costa, o aumento em menor escala no volume de vendas e na receita nominal é reflexo da atual situação do país. Costa, no entanto, diz estar entusiasmado para o resto do ano, pois, segundo ele, a crise não afetou o Pará da forma como impactou em outros estados. “Essa dificuldade econômica não pegou totalmente o nosso estado. Estamos na contramão desta crise, pois, alguns setores do Pará continuam crescendo”, revela. Ainda assim, Fábio Lúcio admite que este será um ano de muita dificuldade. “Os resultados do Dia das Mães mostraram que, embora não seja tão forte, mas a crise. Normalmente eram crescimentos de 10% nos resultados. Este ano, a meta ficou na margem de 7%, mas não batemos 5%. Se mantivermos os resultados do ano passado no final deste ano, estaremos lucro”, conclui.
Veículo: O Liberal - PA