Taxa de energia elétrica foi a principal responsável pela alta da inflação
A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi 0,74% em maio deste ano, taxa superior ao observado em abril (0,71%) e em maio do ano passado (0,46%). O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o IPCA acumula taxa de 5,34%, o maior percentual desde maio de 2003 (6,8%). A inflação acumulada em 12 meses ficou em 8,47%, acima do teto da meta do governo, que é 6,5%. O IPCA é considerado a inflação oficial e mede a variação de preços da cesta de compras de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, em dez regiões metropolitanas e três capitais brasileiras.
Energia elétrica
Segundo o IBGE, a taxa de energia elétrica foi a principal responsável pela alta da inflação, responsável por 0,11 ponto percentual do índice do mês. O item subiu 2,77% no mês. A energia constitui-se num dos principais itens na despesa das famílias, com participação de 3,89% na estrutura de pesos do IPCA. Em maio, em algumas regiões pesquisadas, o aumento nas contas ultrapassou 10%. Em Belo Horizonte, ficou em 6,56%.
Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados, foram os gastos com alimentação e bebidas (1,37%) os que mais subiram em maio, enquanto a menor variação ficou com os transportes (-0,29%). Só o tomate ficou 21,38% mais caro, respondendo sozinho por 0,07 ponto percentual do IPCA. Outros alimentos também registraram alta de preços, como cebola (35,59%), cenoura (15,90%), sorvete (6,75%), carnes (2,32%), pão francês (1,60%), lanche fora de casa (1,45%) e leite longa vida (1,32%). Por outro lado, ficaram mais baratos mandioca (-5,09%), farinha de mandioca (-4,42%), feijão-carioca (-4,17%) e ovos (-3,93%). (Com agências)
Veículo: Estado de Minas