Se os festejos do Dia dos Namorados, comemorado no próximo dia 12 de junho, eram esperados como cano de escape para alavancar as vendas do varejo, dados do Instituto Fecomércio mostram que a situação não é tão animadora assim
A pesquisa de intenção de compras e disposição de gastos, realizada pela entidade em parceria com o Sebrae-PE, registrou uma queda de 13,1% em relação ao ano passado. Apenas 51% dos pernambucanos pretendem celebrar o Dia dos Namorados. Em 2014, o percentual de apaixonados com intenção de comemorar a data foi de 64,1%.
Os resultados obtidos na Sondagem de Dia dos Namorados confirmam os apresentados pelas pesquisas conjunturais da federação. Os números do comércio varejista vêm caindo no volume de vendas.
“A data não sentirá como o Dia das Mães. Os consumidores já ajustaram suas despesas às suas realidades econômicas no primeiro trimestre, quando dos ajustes da economia. Dessa forma, no lugar de não comemorar, eles ajustam o valor do gasto”, explica o economista do Instituto Fecomércio, Rafael Ramos.
Falta de dinheiro, endividamento familiar e desemprego foram os principais motivos apontados pelos consumidores na pesquisa. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), 11,5% alegaram estar sem dinheiro, 11,2% encontram-se endividados e 7,6%, estão desempregados.
Em todas essas três situações a porcentagem observada em Caruaru supera a da Região Metropolitana do Recife e Petrolina. Na capital do Agreste, 13,3% apontaram estar sem dinheiro, 16,1% estão com endividamento familiar e 13,3% se encontram desempregado.
A compra de presentes é a principal forma dos consumidores comemorarem o Dia dos Namorados 2015. Dos entrevistados, 88% vão comemorar a data presenteando. Em Caruaru, 93,6% pretendem dar presentes, na RMR 88,4%, enquanto Petrolina apenas 79%.
O gasto médio estimado pelos consumidores pernambucanos para comemorar o Dia dos Namorados 2015 é de R$ 248. Para a aquisição dos presentes, o gasto médio pretendido está estimado em R$ 183 (em 2014 correspondeu a R$ 188). Entre os principais itens presenteáveis, destacam-se roupas (40,9%); cosméticos e perfumes (26,8%); calçados (14,5%); carteira, bolsa e cinto (12,0%); e joias e bijuteria (11%).
No que se refere ao canal de compra preferido, os consumidores apontam o comércio tradicional como o principal local por eles demandados para realizar as compras (58,3% das indicações). Para os que demonstraram preferência de comprar em shoppings centers (46% dos consumidores), a parcela é mais elevada na RMR (57,7%), principalmente pelo fato de essa área aglomerar os principais estabelecimentos dessa natureza no estado.
Veículo: Diário de Pernambuco