Setor atacadista prevê retração neste ano

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Empresas estão engavetando planos de investimentos, reduzindo margens e até mesmo demitindo em Minas

 

 



Depois de vários anos de crescimento, o setor atacadista distribuidor poderá fechar 2015 estagnado. Até o momento, as empresas estão apresentando resultados inferiores aos projetados para o exercício, impacto da retração econômica e baixa no consumo das famílias. Os planos de investimentos estão sendo engavetados, as margens reduzidas e trabalhadores demitidos em Minas Gerais. E, até o final do ano, o quadro poderá se agravar.

Na Megafort Distribuidora Importação e Exportação Ltda, as expectativas iniciais eram de manter a média de crescimento na casa dos 10%, como apurado nos anos anteriores. Mas segundo o gerente-geral da empresa, Genivaldo Costa, agora todo o trabalho é feito tendo como objetivo, pelo menos, manter o desempenho do exercício anterior, ou seja, crescimento zero. E o motivo, segundo ele, é a retração do mercado, com queda no consumo das famílias e aumento da inadimplência.

Desta forma, a empresa tem tentado fortalecer parcerias com fornecedores e clientes, além de melhorar a logística para evitar atrasos na entrega. "Preço e atendimento todo mundo tem. Então, neste cenário de crise, estamos tentando apresentar diferenciais", afirma.

Mas a busca por maior eficiência não é suficiente. A distribuidora tem buscado a curto prazo a redução dos custos. E a primeira ação foi a demissão de 10% do quadro de funcionários. E o quadro de aproximadamente 500 profissionais que ainda atuam na empresa ainda pode ser reduzido caso não haja melhora no cenário.

Projeções - Na Bartofil, sediada em Ponte Nova, na Zona da Mata, as vendas também estão em baixa. Dessa forma, as projeções para o fim do ano, que eram de alta entre 12% e 15%, passaram a ser de alcançar um crescimento de apenas 2%. Resultado que só será alcançado se o segunto semestre for melhor do que o primeiro. Até o ano passado, a distribuidora apresentava crescimentos de dois dígitos.

Pautada nos bons resultados dos exercícios anteriores, em 2014 a empresa iniciou plano de expansão com incremento de 80% da capacidade de armazenagem. A ideia era continuar os aportes neste ano com outras mudanças na estrutura da distribuidora. Porém, segundo o gerente de Marketing, Márcio Bartolomeu, o projetado foi engavetado e só vai ser levado adiante quando a economia retomar o crescimento.

A Tecidos e Armarinhos Miguel Bartolomeu S/A (Tambasa Atacadista) também tem sentido os impactos da economia em baixa. Segundo o diretor Comercial da empresa, Alberto Portugal, as projeções para este ano eram de alcançar crescimento de 12,5% no faturamento. Mas agora caiu para a casa dos 8,5% em decorrência do efetivado até o momento.

"Claro que ainda é um crescimento bastante robusto, mas não é exatamente o que esperávamos e é bem menor do que o alcançado nos anos anteriores", afirma. Em 2014, a alta no faturamento foi de 15%, ao fechar em R$ 2,135 bilhões. Mesmo que abaixo das projeções iniciais, o crescimento de 8,5% ainda está acima do mercado. Mas foi conquistado por meio de redução das margens em todos os produtos e baixa nos custos.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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