O regime de metas para inflação emergiu ainda mais forte após a crise financeira mundial, afirmou ontem o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini
Em discurso de abertura da mesa-redonda "Central Banking - the next 50 years", no Rio, ele afirmou que o sistema de metas é "realmente útil" para transmitir mensagens claras ao público sobre a necessidade e as condições para a adoção de medidas não convencionais. "No final, o regime de metas para inflação emergiu ainda mais forte depois da crise. Nenhum dos principais bancos centrais abandonou o regime de metas para inflação, e alguns bancos centrais que não o seguiam passaram a fazê-lo", disse no evento.
Tombini relata que não está convencido da hipótese de estagnação secular, relançada por Larry Summers e Paul Krugman. "Enquanto houver oportunidades de investimentos rentáveis em algum lugar do mundo, o capital tende a fluir de economias onde há excesso de poupança para aquelas em que haja excesso de demanda por investimento", afirma. "De fato, há diversas oportunidades para se investir em projetos de alto retorno em muitas economias emergentes, incluindo o Brasil, especialmente em infraestrutura", acrescentou.
O presidente do BC afirmou ainda que, os bancos centrais e os formuladores de políticas econômicas no mundo ainda não têm uma avaliação sobre os efeitos e a eficácia de políticas não convencionais, mais notadamente o quantitative easing (QE). / Estadão Conteúdo
Veículo: DCI