O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,40% em maio, após subir 0,92% em abril, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV)
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, subiu 0,19% no mês passado, após avançar 1,11% em abril. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,72% em maio, em comparação com alta de 0,61% no mês anterior. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,95%, contra avanço de 0,46% na mesma base de comparação.
Com o resultado anunciado ontem, o IGP-DI acumula altas de 3,79% no ano e de 4,83% em 12 meses. O período de coleta de preços para o índice de maio foi do dia 1º ao dia 31 do mês passado. O IGP-M de maio, que havia captado preços do dia 21 de abril ao dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 0,41%.
A desaceleração dos preços no atacado foi generalizada em maio, mas itens como milho, café e soja formaram uma espécie de carro-chefe do movimento, que fez desacelerar o IPA. Já entre os produtos industriais, a carne bovina e os materiais e componentes para a manufatura registraram aumento menor do que em abril, quando o atacado como um todo teve avanço de 1,11% nos preços, segundo a pesquisa realizada pela FGV.
No estágio das matérias-primas brutas (0,54% para -0,58%), os destaques em termos de queda foram bovinos (2,35% para -0,08%), milho em grão (-2,60% para -7,61%), café em grão (1,45% para -4,29%) e soja (-1,67% para -2,59%). No sentido contrário, ganharam força os itens algodão em caroço (-2,55% para 11,49%), minério de ferro (2,62% para 4,56%) e suínos (-7,58% para -2,08%).
O grupo de bens intermediários também desacelerou, segundo o levantamento da FGV, de 1,62% em abril para alta de 0,51% em maio. O movimento foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que diminuiu o ritmo de alta, de 1,88% para 0,76%. Só o farelo de soja ficou 6,51% mais barato no mês passado.
Entre os bens finais (1,07% para 0,47%), o principal responsável pelo resultado foi o subgrupo alimentos processados (1,89% para 0,58%). A carne bovina, que havia ficado 7,24% mais cara em abril, subiu bem menos em maio, a uma taxa de 1,91%.
Já no que diz respeito ao IPC, cinco das oito classes de despesa, componentes do índice de preços ao consumidor, registraram alta nas taxas de variação. A maior contribuição para o avanço do IPC partiu do grupo Habitação (0,57% para 0,81%). /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI