Mais 662 mil saem à procura de trabalho, e desemprego vai a 7,5%

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Os que buscaram ocupação sem sucesso em julho foram 1,8 milhão, 9,4% acima dos de junho.Pesquisa feita pelo IBGE em 6 regiões mostra que postos de trabalho também foram fechados, mas em ritmo menor.

Um acréscimo de 662 mil pessoas no número de quem procura ocupação, sem encontrar, fez a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subir em julho acima das expectativas e ir a 7,5%.

O número de desempregados chegou a 1,8 milhão, 56% acima do registrado em julho de 2014. É considerado desempregado pelo IBGE quem efetivamente buscou emprego nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.

A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) é feita em Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Na comparação a junho deste ano, o número de desempregados subiu 9,4% (158 mil pessoas). "É uma procura crescente de trabalho que está sendo influenciada por pessoas que estão perdendo o trabalho e também influenciada por pessoas que antes estavam na chamada população inativa e passam a ser desocupados", disse Adriana Beringuy, técnica do IBGE.

Em julho, a população economicamente ativa –pessoas com dez anos ou mais de idade empregadas ou procurando emprego– aumentou em 456 mil pessoas em relação ao mesmo mesmo mês do ano passado. Isso representa um crescimento de 1,9%, para 24,6 milhões de pessoas.

JOVENS À PROCURA

Esse novo contingente é formado sobretudo por jovens que haviam optado por se dedicar aos estudos, apoiados no aumento da renda dos chefes de família. Eles chegam agora ao mercado para complementar essa renda.

Isso porque, com o avanço da inflação e a crise econômica, o rendimento real (que já desconta a inflação) dos trabalhadores teve queda de 2,4% em julho (R$ 2.170,70) na comparação com o mesmo mês do ano passado (R$ 2.223,87).

Ao mesmo tempo, postos de trabalho estão sendo fechados. Em julho, a população ocupada encolheu em 206 mil pessoas nas regiões metropolitanas em relação ao mesmo mês do ano passado.

O corte representa redução de 0,9%, para 22,7 milhões de pessoas.A taxa registrada em julho é a maior para esse mês desde 2009 (8%).O aumento foi de 2,6 pontos percentuais na comparação com os 4,9% verificados no mesmo mês de 2014, indicando rápida deterioração do mercado de trabalho.Em junho, a taxa estava em 6,9%, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo IBGE.

O centro das previsões (mediana) de 28 economistas consultados pela agência internacional Bloomberg era de uma taxa de desemprego de 7% em julho.Além disso, o aumento da taxa nas seis principais regiões metropolitanas do país veio acompanhada do aumento da informalidade e de atividades autônomas, sem a proteção da legislação trabalhista.

Dos sete setores acompanhados pelo IBGE, a indústria e o grupo serviços prestados a empresas tiveram os cortes mais expressivos de vagas na passagem de junho para julho.



Veículo: Jornal Folha de S.Paulo






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