Dólar comercial fecha 2015 em R$ 3,948

Leia em 1min 50s

O dólar comercial para venda fechou em R$ 3,948 no último dia útil de 2015. Em doze meses, a moeda norte-americana subiu 48,49%, o maior avanço anual desde 2002.

As crises política e econômica que vêm marcando o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff levaram o dólar a fechar 2015 com o maior avanço ante o real em 13 anos, e sem perspectiva de que possa recuar no curto prazo.

A Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais, fechou a R$ 3,9048 para a venda. Na máxima do dia 30 de dezembro, a moeda norte-americana chegou a bater em R$ 3,9991, beirando os R$ 4.

Estrategistas, economistas e operadores esperam que o dólar continue subindo em 2016, já que não há sinais de trégua no cenário local. No entanto, o ritmo do fortalecimento deve ser menor, já que boa parte do ajuste do câmbio já aconteceu ao longo deste ano.

A última vez que o dólar havia subido tanto foi em 2002 em meio a incertezas envolvendo a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 2015 foi o quinto ano consecutivo de avanço do dólar em relação ao real, com alta acumulada no período de 137%.

Na sessão de 30 de dezembro último, o dólar avançou 1,83%, em dia marcado por baixa liquidez e pela formação da Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais.

"A história para este ano era muito ruim e se demonstrou pior do que o esperado. Para o ano que vem, a história continua muito ruim", resumiu o sócio-gestor da Absolute Investimentos, Roberto Campos, para quem os maiores riscos para o câmbio estão relacionados à política, e não aos fundamentos macroeconômicos.

Nesse contexto, a Nomura Securities projeta que o dólar fechará 2016 a R$ 4,20, próximo da máxima histórica de fechamento de R$ 4,1461 atingida em setembro de 2015.

O Credit Suisse é mais pessimista, prevendo que o dólar vai atingir R$ 4,60 em doze meses. "As moedas da América Latina podem não estar mais excessivamente valorizadas, mas ainda não estão baratas", escreveu a equipe de estratégia do banco em apresentação a clientes.

 



Veículo: Jornal DCI


Veja também

Aumento de ICMS pressiona inflação gaúcha

Agora é para valer. Já está em vigor o novo ICMS no Rio Grande do Sul. Depois da polêmica vot...

Veja mais
Crise deverá ficar mais profunda em 2016

                    ...

Veja mais
Crise encurta orçamento e faz contas de começo de ano ficarem pesadas

O conselho dado por todos os especialistas financeiros, de começar o ano com as contas em dia, ficou mais dif&iac...

Veja mais
Vamos fazer de 2016 um ano repleto de boas notícias em investimentos, diz ministro

Em tom de otimismo o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que 2016 será um ano repleto de boas not&i...

Veja mais
Banco Central prevê inflação de 10,8% em 2015 e 6,2% em 2016

                    ...

Veja mais
Avanço do crédito deve ser o mais baixo desde 2007

      Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo...

Veja mais
FGV projeta queda de 14,3% na arrecadação

                    ...

Veja mais
Taxas de juros abrem em baixa, mas incertezas devem manter investidor cauteloso

O mercado de juros deve manter o ar de desconfiança em relação ao novo ministro da Fazenda, Nelson ...

Veja mais
Para indústria, crescimento depende do avanço em acordos de livre comércio

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se juntou a outras entidades semelhantes da Argentina, d...

Veja mais