A Região Metropolitana do Rio de Janeiro apresentou a maior variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, em janeiro, ao registrar alta de 1,82%. O peso desse resultado no acumulado do País foi de 12,06%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na semana passada, a variação do Rio foi pressionada pela alta nas tarifas dos ônibus urbanos (10,59%), ônibus intermunicipais (8,62%) e táxi (8,76%). As tarifas dos ônibus urbanos foram reajustadas em 11,76% a partir de 02 de janeiro, dos intermunicipais em 10,48% a partir de 10 de janeiro e do táxi, em 10,50%, a partir de 04 do mês passado. O menor índice foi o da região metropolitana de Curitiba (0,73%).
O IPCA de janeiro apresentou variação de 1,27% e ficou 0,31 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,96% registrada no mês de dezembro. Trata-se da taxa mensal mais alta para o mês de janeiro desde 2003, quando atingiu 2,25%. Com isso, a taxa dos últimos 12 meses ficou em 10,71%, acima dos 10,67% dos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se no resultado mais elevado desde novembro de 2003 (11,02%). Em janeiro de 2015, a taxa foi 1,24%.
Alimentação e Bebidas, com alta de 2,28%, e Transportes, com 1,77%, grupos de maior peso na despesa das famílias, foram responsáveis pela maior parte do resultado do IPCA do mês. Juntos, os alimentos, contribuindo com 0,57 ponto percentual e os transportes, com 0,33 ponto percentual, tiveram contribuição de 0,90 ponto percentual, detendo 71% do índice geral.
Desde dezembro de 2002, quando o grupo Alimentação e Bebidas atingiu 3,91%, não havia registro de taxa mais elevada do que os 2,28% deste mês, segundo o IBGE). Considerando os últimos 12 meses, os preços dos alimentos registram aumento de 12,90%. No mês, na região metropolitana de Vitória e de Salvador e em Goiânia, o aumento dos alimentos chegou a 3,66%, 3,60% e 3,22%, respectivamente. A região de Porto Alegre ficou com a alta mais moderada, 1,20%.
Veículo: Jornal DCI