A Bovespa teve mais um dia de ganhos expressivos ontem, novamente sustentados pelo otimismo em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Índice Bovespa teve alta de 2,21% e fechou aos 53.149,84 pontos, maior patamar desde 14 de julho de 2015.
Além do cenário político, os investidores contaram com a referência positiva do cenário internacional. Mesmo com o petróleo em baixa, as bolsas de Nova York operaram em alta durante todo o dia. As ações da Petrobras terminaram o dia com ganhos de 4,23% (ON) e de 5,32% (PN).
Por conta da boa notícia vinda da China, que anunciou resultados de importação de commodities maiores que o previsto, as três ações da carteira Ibovespa com a maior valorização porcentual foram a ON da CSN (+20,33%), mesmo depois da alta de 20,62% de terça-feira. Em seguida, apareceram a PN da Gerdau Metalúrgica (+13,41%) e a PNA da Usiminas (+11,56%).
O vencimento de Ibovespa futuro nesta quarta-feira gerou volatilidade e inflou o giro financeiro. No total, o volume negociado superou os R$ 25 bilhões, sendo que a média diária do mês é de R$ 6,565 bilhões. Na máxima, o Ibovespa chegou a subir 3,54%, aos 53.844 pontos. Na mínima, marcou 52.010 pontos (+0,10%).
Taxas de juros - Os juros futuros cravaram nova sessão de queda firme nesta quarta-feira, embalados pelo crescimento das apostas na aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na votação no plenário da Câmara neste domingo, 17. O investidor reuniu várias informações ao longo do dia indicando enfraquecimento do governo na batalha para impedir que o processo passe na Casa, entre elas possíveis saídas de partidos da base e declarações da própria presidente Dilma.
Nesta tarde, atualização do levantamento realizado pelo Grupo Estado mostrou que o total de votos a favor do impeachment da presidente já soma 318. Já os votos contra subiram para 126. São necessários 342 votos para a aprovação.
No campo econômico, a política de redução de rolagem de contratos de swap cambial do Banco Central (BC) também tem ajudado a melhorar a percepção de risco do mercado, favorecendo a devolução de prêmios na curva longa, segundo os analistas.
Ao final da sessão regular, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 13,65%, de 13,75% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2018 caiu de 13,39% para 13,17%. O DI janeiro de 2021 encerrou na mínima de 13,14%, de 13,48%.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG