As projeções para a taxa básica de juros neste ano e no próximo foram reduzidas na pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem, após a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central. O levantamento semanal junto a uma centena de economistas mostrou que a estimativa agora para a Selic no final deste ano voltou a cair, a 12,75%, sobre 13% na semana anterior.
Para 2017, a mediana das projeções mudou para 11,38%, contra 11,50% antes, segunda semana seguida de queda. A Selic está em 14,25% desde julho passado.
O Top 5, grupo que mais acerta as projeções, vê a Selic em patamares mais elevados em ambos os anos. Para 2016 a estimativa permaneceu em 13,75% e para 2017, em 12,25%
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, indicou e ex-economista-chefe do Itaú Ilan Goldfajn para chefiar o BC, que ainda precisa passar por sabatina e aprovação no Senado para assumir o posto hoje ocupado por Alexandre Tombini.
Ilan vinha destacando que a recessão no Brasil e o enfraquecimento do dólar sobre o real desde o início do ano estavam entre os fatores que deveriam contribuir para gradual redução das expectativas de inflação, abrindo espaço para o início do ciclo de corte de juros no “segundo semestre, a partir de julho”.
PIB - Analistas do mercado financeiro melhoraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a perspectiva para a atividade deste ano passou de uma retração de 3,88% para um recuo um pouco menos intenso, de 3,83%. Há um mês, a mediana das projeções estava negativa em 3,88%.
Já a mediana das expectativas para a produção industrial de 2016 foi revisada de queda de 5,85% na última semana para declínio de 6,00% - um mês antes estava em baixa de 5,80%. Para 2017, a previsão passou de um crescimento de 0,74% para 0,90%. Há quatro semanas, estava em 0,54%.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG