São Paulo - A perspectiva de que o pior da crise já passou começou a elevar a confiança do consumidor brasileiro. Em junho, pela primeira vez em 40 meses, houve alta no indicador, na comparação anual.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), possui uma escala de pontuação que varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
No sexto mês do ano o indicador bateu 98 pontos - maior valor desde abril de 2015. Na comparação com junho de 2015, apresentou alta de 8,2%, registrando assim, a primeira elevação na comparação entre o mês e o mesmo do ano anterior desde janeiro de 2013. Com isso, o indicador de junho interrompeu 40 meses consecutivos de queda nessa base de comparação. A elevação foi impactada principalmente pela alta no Índice das Expectativas do Consumidor (IEC), que subiu 7,2% no comparativo com maio, alcançando os 128,5 pontos, aumento de 26,6% sobre um ano antes.
"O aumento do IEC simboliza uma espécie de voto de confiança dos consumidores para a nova equipe econômica, o qual, porém, tem prazo de validade", advertiu a entidade em comunicado.
"Além disso, por causa da profundidade e da extensão da crise, e também pelo processo político de mudança ter sido muito conturbado, a Federação acredita que o prazo de validade desse voto de confiança é relativamente curto", completava a análise.
Segundo a FecomercioSP, para que a confiança do consumidor continue crescendo, é necessário que haja entrega efetiva da política econômica a ser implantada pelo governo, como reformas estruturais, ajuste das contas públicas com corte de gastos - e, não, aumento de impostos -, aprovação do teto de despesas do setor público e privatizações.
Veículo: DCI