SÃO PAULO (Reuters) - Os preços ao produtor no Brasil interromperam três meses seguidos de quedas e subiram com força em maio, pressionados principalmente por alimentos e pela indústria extrativa.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou em maio alta de 0,90 por cento, contra queda de 0,34 por cento em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira.
Com isso, o índice, que mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", acumula em 12 meses avanço de 5,61 por cento.
De acordo com o IBGE, as principais influências para o resultado de maio foram exercidas por alimentos, com 0,57 ponto percentual, e pelas indústrias extrativas, com 0,33 ponto percentual.
Os preços dos alimentos registraram avanço mensal de 2,82 por cento em maio, leitura mais alta desde setembro de 2015, quando subiram 5,47 por cento.
Já a indústria extrativa apresentou alta de 11,37 por cento no período, terceiro mês consecutivo de avanço nos preços.
A resiliência dos preços de alimentos tem sido responsável por impedir uma desaceleração mais forte nos preços ao consumidor, diante do clima adverso no país.
O próprio Banco Central citou nesta terça-feira em seu Relatório de Inflação "a confluência de fenômenos climáticos sobre a produção mundial de alimentos, mais especificamente de grãos, e seus efeitos sobre os preços domésticos" como uma questão no combate à inflação.
Veículo: Portal UOL