De janeiro a abril, 14,3 mil pontos fecharam ante 2,4 mil em 2015, diz CNC.
Pesquisa engloba setor de mercados, produtos alimentícios e bebidas.
De janeiro a abril deste ano, 14,3 mil pontos de venda do varejo de alimentos fecharam as portas do país, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O número corresponde a quase 12 mil estabelecimentos a mais do que o registrado no mesmo período de 2015 (quando foram encerrados 2,4 mil pontos de venda), ou uma açta de quase 600%.
O segmento engloba os hiper, supermercados e mercadinhos e os pontos de venda de produtos alimentícios, bebidas e fumo. O número não inclui restaurantes e bares.
Segundo a CNC, o fechamento destes 14,3 mil pontos de venda resultou em um corte de 29,7 mil vagas formais de emprego no período.
"Já havia uma retração na demanda dos consumidores causada pela recessão profunda e prolongada. A alta dos preços contribuiu para aumentar o recuo nas vendas neste período, acentuando o ritmo de fechamento de pontos de venda com vínculo empregatício no varejo de alimentos”, afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.
Divisão por porte e estado
Os estabelecimentos de médio porte foram os que mais fecharam unidades nos primeiros quatro meses deste ano: ao todo foram 6 mil. Os pequenos encerraram 4,6 mil empreendimentos, enquanto os médios, 3,2 mil.
Somados, os hiper e supermercados e estabelecimentos de produtos alimentícios, bebidas e fumo respondem por 30,3% do faturamento anual do varejo brasileiro e são responsáveis por 30,6% da força de trabalho no setor, segundo a CNA.
Em 2015, 25,6 mil empreendimentos deste segmento fecharam as portas. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, o ritmo de fechamento aumentou para 37,5 mil.
O estado de São Paulo liderou o número de fechamentos, com 4,1 mil encerramentos, seguido por Paraná (-1,6 mil) e Minas Gerais (-1,5 mil).
Veículo: Portal G1