São Paulo - Um dos únicos segmentos do varejo a crescer em 2015, o atacado de autosserviço deve registrar um avanço ainda maior neste ano, segundo a Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas). Na visão da entidade, o setor engordará entre 15% e 20% no consolidado de 2016, ante os 15% nominais do ano passado.
Se a previsão da entidade se consolidar, a estimativa é de que sejam faturados, pela primeira vez, mais de R$ 100 bilhões por este mercado.
Para a Abaas, a expansão do número de lojas e a entrada em novas regiões (como o Nordeste, por exemplo) ajudaram a impulsionar as receitas do setor. Outra explicação para o crescimento é justamente a crise econômica.
A inflação elevada que corroeu o poder de compra, em conjunto com o aumento do desemprego, levou o consumidor a um novo hábito. "Na tentativa de equilibrar o orçamento, ele teve que reduzir gastos fora do lar, diversificar canais de compra, buscar o melhor custo-benefício, diminuir a ida aos pontos de venda, optar por embalagens econômicas e trocar de marca, comportamento que beneficiou o atacarejo", destaca, em nota, a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Características
De acordo com a Abaas, o modelo atacado de autosserviço ganhou força ao longo da década passada, impulsionado pelo aumento no poder de compra das classes C, D e E. Como exemplos de atacarejo destacam-se as redes Atacadão (do Carrefour), Roldão, Assaí (do Grupo Pão de Açúcar), Maxxi (do Walmart) Tenda Atacado, Sendas e Atakarejo.
Normalmente, as lojas estão localizadas em avenidas afastadas do centro da cidade e são instaladas em galpões, onde as próprias unidades desempenham o papel de depósito, armazenando as mercadorias empilhadas nos corredores.
Veículo: DCI