População brasileira rejeita novo aumento de impostos

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Pesquisa aponta corte de gastos como melhor opção para o governo


 

São Paulo - Para 88% de um total de 1.200 pessoas ouvidas em uma pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) à Ipsos Public Affairs, o melhor caminho para o governo arrumar as contas públicas e reequilibrar o orçamento é o corte de gastos. Não souberam responder 10% dos entrevistados, e apenas 2% deles acreditam no aumento de impostos como a melhor opção.
 
“A população já entendeu há muito tempo que o caminho para tirar o País da crise não é aumentar e nem criar impostos”, afirmou ontem o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, sobre o resultado do levantamento chamado ‘Percepção sobre as contas públicas brasileiras’. “Essa pesquisa carimba de vez que o ajuste fiscal tem que ser feito com o corte de despesas. Tributo não é a saída Não há nenhum espaço para mais impostos”, disse.
 
A pesquisa também perguntou às pessoas o quanto elas confiam que um imposto dito temporário não se torna permanente. A resposta de 84% das pessoas foi que não confiam que um aumento de impostos seria temporário. Apenas 5% afirmaram confiar. Os 11% restantes não souberam responder.
 
“É claro que ninguém acredita em imposto temporário”, comentou Skaf. “Imposto vem e fica. A prova disso é que a carga tributária é cada vez mais alta. A arrecadação já está em quase R$ 2 trilhões por ano. Imposto é castigo e não solução”, avaliou o dirigente.
 
Em relação à redução de gastos, a primeira opção mencionada pela maioria dos entrevistados foi alguma medida relacionada a cortes nos gastos com pessoal. As seguintes alternativas foram congelar os salários dos funcionários do governo federal (24%), reduzir a quantidade de funcionários em cargos comissionados (18%), não contratar novos funcionários no governo federal (11%), reduzir os auxílios e benefícios de funcionários públicos (10%) e reduzir as despesas com serviços de terceiros e material de consumo (8%). Somadas, essas opções somaram 71% da preferência dos entrevistados.
 
Apenas 6% dos entrevistados indicaram o congelamento de novos investimentos em sua primeira opção de resposta, e 3% acreditam que o aumento da idade mínima para aposentadoria seja a melhor alternativa para a redução dos gastos públicos federais. Por fim, somaram 7% das preferências as opções relacionadas à redução de auxílios sociais, como diminuir o tamanho do Bolsa Família (3%), do programa “Minha casa, minha vida” (2%) e do financiamento estudantil Fies (2%).
 
Déficit - Realizado entre os dias 2 e 13 de junho, o levantamento também indagou se as pessoas tinham conhecimento de que o governo federal gasta atualmente mais do que arrecada e se sabiam qual era o tamanho do déficit orçamentário causado por esta diferença.
 
A maior parte (78%) declarou ter conhecimento de que o governo federal gasta mais do que arrecada. A parcela dos que não tinham conhecimento foi de 15%, e 7% não souberam opinar ou não responderam a questão.
 
Sobre o tamanho do déficit orçamentário do governo federal em 2016, 60% dos entrevistados disseram já ter ouvido dizer que o “rombo” no orçamento é de R$ 170 bilhões, e 25% afirmaram não saber. Não souberam opinar ou não responderam 15% dos consultados.
 
Veículo: Jornal Diário do Comércio de Minas


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