O custo do conjunto de 34 itens que compreendem a cesta básica fechou o mês de julho com alta de 1,95% em relação ao mês passado – R$ 574,74 ante R$ 563,73; com custo adicional de R$ 11,01 – de acordo com pesquisa produzida pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). E uma vez mais, teve no feijão um dos principais motivos desta alta, pois o quilo ficou 42,07% mais caro em relação a junho. Já a principal queda ficou por conta da cebola que recuou 35,73%.
“Pelo segundo mês consecutivo o grão foi o que mais encareceu. As altas nos valores da cesta básica ao longo deste ano já ultrapassaram 12% em relação ao ano passado e o alto custo do feijão aliado ao leite, que ficou 21,79% mais caro, foram fatores preponderantes para os preços mais altos” apontou o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pelo levantamento Fábio Vezzá de Benedetto.
Ainda de acordo com o especialista, os aspectos que mais influenciam a alta nos preços da cesta básica continuam sendo a conjunção dos efeitos do clima – estiagem prolongada seguida por um verão com excesso de chuvas concentradas e, logo depois, um inverno rigoroso com geadas diversas – que se somam a desvalorização do Real. Para Vezzá, no caso especifico do feijão, os baixos valores praticados durante o ano passado desestimularam a produção, que reduzida a oferta, provocando as altas que devem pressionar o consumidor até a chegada das novas safras. “Esperamos, contudo, que a primavera traga chuvas e temperaturas mais amenas”.
Quedas
Apesar da alta, alguns itens trouxeram economia para o bolso dos consumidores casos da cebola que recuou 35,73%, a batata em outros 28,60%, além do tomate em 11,21%.
Enquanto os dois últimos são favorecidos com os altos valores praticados anteriormente, que estimularam a produção neste momento e baratearam seu preço, no caso do bulbo com a chegada de grande quantidade oriunda da região nordeste, houve um incremento na oferta o que reflete nos preços atualmente praticados.
Veículo: Repórter Diário