Endividamento das famílias gaúchas dá sinais de estabilização

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Assim como em junho, o indicador que mede o endividamento das famílias gaúchas encerrou o mês de julho com tendência de melhora. Na comparação com o mesmo período do ano anterior mostra elevação: 60,4% contra 60,0% em julho de 2015, e redução, quando confrontado com junho deste ano (61,2%).
 
Os dados estão na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
 
"Mesmo com as restrições do cenário atual, os últimos dois meses acumulam sinais de que as famílias gaúchas começam a se ajustar, de alguma forma, a essa situação", destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. De acordo com ele, a inadimplência registrou recuo em julho, interrompendo a tendência de elevação recente. Somados, os resultados de julho representam uma indicação positiva no que diz respeito à situação financeira das famílias. No entanto, a pesquisa mostra que ainda é muito cedo para se falar em reversão da tendência e em melhora do cenário, já que a conjuntura econômica ainda segue bastante restritiva.
 
A Peic revela que a parcela da renda comprometida com dívidas cresceu, saindo de 32,2% em junho último para 33,9% em julho. O tempo de comprometimento com dívidas, na média em 12 meses, manteve-se em 7,6 meses.
 
O cartão de crédito ainda é o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 78,7% dos endividados, seguido por carnês (39,1%), crédito pessoal (11,9%) e financiamento de veículos (10,5%).
 
No mês de julho, o percentual de famílias com contas em atraso registrou queda na comparação com o mesmo mês de 2015: saiu de 24,0% para 17,3%. Já o índice de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas em atraso no prazo de 30 dias foi de 6,5% em julho de 2016, o que significa diminuição na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando estava em 13,4%. "Pela primeira vez, desde novembro de 2014, o indicador cai abaixo do patamar de 7%.
 
Associado à melhora observada no mês anterior, esse fato reforça a percepção de início de ajuste das famílias em relação ao cenário restritivo que vêm enfrentando", afirma o presidente da Fecomércio-RS.
 
Fonte: Jornal do Comércio de Porto Alegre


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