São Paulo - A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em setembro, após subir nos dois meses anteriores, com piora em quase todos os subíndices avaliados e destaque para as condições atuais, segundo um indicador elaborado pela Thomson Reuters/Ipsos.
De acordo com o levantamento, divulgado ontem (14), o Índice Primário de Sentimento do Consumidor (PCSI, na sigla em inglês) caiu para 37,2 em setembro, ante 38,1 em agosto. Apesar da queda após dois meses de alta, o resultado ainda é o segundo melhor do ano, ficando atrás somente das leituras de agosto e janeiro (38,1). O subíndice que avalia as condições atuais teve a piora mais acentuada em setembro, de 1,4 ponto, para 25,4. A segunda maior queda foi verificada no subíndice de empregos, que caiu a 26,9 em setembro ante leitura de 28,2 em agosto. O grupo de investimento saiu da máxima do ano alcançada no mês passado e caiu 1,1 ponto este mês, para 36,2. O único subíndice a registrar avanço em setembro foi o de expectativas, que subiu 1,3 ponto, para 64,3, o maior patamar do ano.
Na contramão
Enquanto os consumidores se mostram reticentes com as perspectivas de melhora econômica, os empresários parecem mais otimistas. Segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), calculado pela FecomercioSP em agosto houve alta de 2,9%, levando a confiança passar de 85,1 pontos em julho para 87,5 pontos neste mês- maior pontuação desde março de 2015. Em comparação com agosto do ano passado o índice apontou alta de 18,5% quando o ICEC registrava 73,9 pontos. "Como indicador já acumula quatro altas mensais consecutivas, mas ainda continua abaixo dos 100 pontos, o que denota o pessimismo dos empresários com relação ao nível de atividade em geral da economia" revelou a federação, em comunicado ao mercado.
Fonte: DCI