IPCA-15 passou de 0,45% em agosto para 0,23% no mês seguinte.
Preços de alimentos e bebidas caíram e aliviaram a alta do índice.
O Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, perdeu força de agosto para setembro, ao passar de 0,45% para 0,23%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22).
A taxa de setembro é a menor para setembro desde 2009, quando chegou a 0,19%.
O que mais contribuiu com a perda do ritmo de alta da inflação foram os preços de alimentação e bebidas, que ficaram mais baratos. De agosto para setembro, a variação passou de um aumento de 0,78% para uma queda de 0,01%.
Segundo o IBGE, passaram a custar menos batata-inglesa (-14,49%), cebola (-12,30%), feijão-carioca (-6,05%), hortaliças (-6,03%) e leite longa vida (-4,14%). Por outro lado, o preço das frutas subiu forte: 4%.
Outra contribuição partiu do grupo transporte, que recuou 0,10%, influenciado pelo preços das passagens aéreas, que ficaram 2,3% mais em conta. A gasolina também teve redução de preço (-0,75%), assim como o conserto de automóvel (-0,59%) e automóvel usado (-0,55%).
Individualmente, o cigarro ajudou a conter a alta geral de preços, já que recuou 1,55% em setembro. Com isso, a variação do grupo de despesas pessoais subiu menos, de 0,85% para 0,6%.
A desaceleração do IPCA não foi maior porque subiram as taxas de habitação (de -0,02% para 0,48%), puxada por gás de botijão, e vestuário (de -0,13% para 0,49%), sob influência de roupa masculina e calçados.
Nordeste
O maior aumento de preços partiu da região metropolitana de Fortaleza (0,56%), onde os preços dos alimentos consumidos em casa subiram 1,65%. Na outra ponta está Salvador (-0,18%), porque caíram os preços de alimentos, gasolina e etanol.
Índices acumulados
No ano, de janeiro a setembro, a prévia da inflação acumula alta de 5,9%. No mesmo perídoo de 2015, a taxa havia ficado em 7,78%. Já em 12 meses, o IPCA-15 chegou a 8,78%, contra 8,95% nos 12 meses anteriores.
De acordo com a avaliação dos economistas do mercado financeiro, divulgada por meio do boletim Focus, o IPCA deverá fechar 2016 em 7,34%. Dessa forma, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.
Fonte: Portal G1